4ª
FEIRA DAS TÊMPORAS DE PENTECOSTES
Oitava de 1ª Classe - Paramentos Vermelhos
Para ler/baixar os Próprios completos das Missas na Oitava de Pentecostes (da 2ª Feira de Pentecostes ao Sábado das Têmporas),
inclusive esta, clique aqui.
1ª
Leitura: Atos dos Apóstolos 2, 14-21.
Naqueles dias: Pedro, de pé com os
onze, levantou a voz, dizendo-lhes: “Homens da Judeia, e vós todos os que
habitais em Jerusalém, ficai sabendo bem, e ouvi atentamente as minhas
palavras: Estes homens não estão embriagados, como vós cuidais, pois ainda não
passa da terceira hora do dia. Isto, porém, é o que foi predito pelo profeta Joel:
‘Acontecerá nos últimos dias – palavras do Senhor! – que eu derramarei o meu
Espírito sobre todas as pessoas, vindo então a profetizar os vossos filhos e as
vossas filhas; os vossos jovens terão visões, e sonhos os vossos anciãos. Sim!
Nesse dia derramarei o meu Espírito sobre os meus servos e sobre as minhas
servas, e eles profetizarão! Mais ainda! Farei aparecer prodígios nas alturas, no
céu, e sinais cá em baixo, na terra: sangue, fogo e fumarada! O sol
converter-se-á em sangue, e a lua em trevas, antes que venha o dia grande e
glorioso do Senhor! Todo aquele que então invocar o nome do Senhor, será salvo.’
[cf. Joel 2,
28-32, n.d.r.] ”
Epístola:
Atos dos Apóstolos 5, 12-16.
Naqueles dias: Eram feitos, através dos
Apóstolos, muitos milagres e prodígios entre o povo. Reuniam-se todos no
pórtico de Salomão, e nenhum dos outros [não cristãos] ousava juntar-se-lhes,
ao mesmo tempo que o povo lhes dava grandes louvores. Aumentava cada vez mais a
multidão dos homens e mulheres que criam no Senhor, a tal ponto que traziam os
doentes para as praças, pondo-os em leitos e enxergões, a fim de que, ao passar
Pedro, cobrisse ao menos com a sua sombra algum deles, e ficassem livres das
suas enfermidades. Concorria também muita gente das cidades vizinhas a
Jerusalém, trazendo enfermos e atormentados dos espíritos impuros; e todos se
curavam.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6, 44-52.
Naquele tempo: Disse Jesus à multidão
dos Judeus: “Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, o não
atrair; e Eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos Profetas: ‘Serão
todos ensinados por Deus.’ Portanto, todo aquele que ouviu o Pai, e aprendeu os
seus ensinamentos, vem a Mim. Não porque alguém tenha visto o Pai: Só viu o Pai
aquele que vem de Deus.
Em verdade, em verdade vos digo: O que crê em Mim, tem a vida eterna. Eu sou o
pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram. O pão que desce
do Céu, é este, pois quem o come não morre: Eu sou o pão vivo, que desci do
Céu. Quem comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu darei, é a minha carne
para a salvação do mundo.”
Traduções
das leituras extraídas do Missal Quotidiano por Pe. Gaspar Lefebvre OSB
(beneditino da Abadia de Santo André) – Bruges, Bélgica: Biblica, 1963 (com
adaptações a/c blog).
Comentário
do dia
Santa Teresa de Ávila (1515-1582), carmelita e doutora da Igreja
Caminho
de Perfeição, cap. 33-34 (extraído do site Evangelho Quotidiano, apud Per Ipsum).
“Este é o pão que desce do Céu;
se alguém comer dele, não morrerá”
Vendo o
bom Jesus a necessidade, buscou um meio admirável por onde nos mostrou o máximo
de amor que nos tem, e em Seu nome e no de Seus irmãos fez esta petição: “O pão
nosso de cada dia nos dai hoje” (Mt 6,11). [...] Era mister vermos o Seu [amor]
para despertarmos, e isto não uma vez, mas cada dia; por isso Se deve ter determinado
a ficar conosco. [...]
Tenho
reparado que só nesta petição duplica as palavras, porque diz primeiro e pede
que Lhe deis este pão de cada dia, e torna a dizer: “dai-no-lo hoje, Senhor”.
Põe-Se diante de Seu Pai, como a dizer-Lhe: já que uma vez no-Lo deu para que
morresse por nós, já que é “nosso”, não no-Lo torne a tirar, mas O deixe servir
cada dia, até se acabar o mundo. [...] O Ele ser nosso cada dia é porque O
possuímos aqui na terra e O possuiremos também no céu, se nos aproveitarmos bem
da Sua companhia. [...]
O dizer
“hoje” me parece que é para um dia, isto é, enquanto durar o mundo, e não mais.
E é bem verdade que é um só dia! [...] E assim Lhe diz Seu Filho que, pois não
é mais que um dia, Lho deixe passar em servidão; e que Sua Majestade já no-Lo
deu e enviou ao mundo só por Sua vontade, que Ele quer agora por Sua própria
vontade não nos desamparar, mas ficar-Se aqui conosco para maior glória de Seus
amigos e pena de Seus inimigos. Que agora novamente não pede mais que “hoje” ao
dar-nos este Pão sacratíssimo; Sua Majestade no-Lo deu para sempre, como já
disse, este mantimento e maná da humanidade, que O achamos como queremos; e, a
não ser por nossa culpa, não morreremos de fome, pois de todos os modos e
maneiras que a alma quiser comer, achará no Santíssimo Sacramento sabor e
consolação.
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