TEMPO PER ANNUM - APÓS PENTECOSTES

(22 de maio a 26 de novembro de 2016)

Horários de Missa

CAMPO GRANDE/MS
Paróquia São Sebastião


DOMINGO
16:30h - Confissões
17h - Santa Missa

TERÇA A SEXTA-FEIRA
(exceto em feriados cívicos)
11h - Santa Missa

1º SÁBADO DO MÊS
16h - Santa Missa

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Nossa Sr.ª das Graças


Ave Maria, gratia plena;
Dominus tecum:
benedicta tu in mulieribus,

et benedictus fructus
ventris tui Iesus.

Sancta Maria, Mater Dei
o
ra pro nobis peccatoribus,
nunc et in hora
mortis nostrae.

Amen.

Nosso Padroeiro


Sancte Sebastiáne,
ora pro nobis.

Papa Francisco


℣. Orémus pro Pontífice nostro Francísco.
℟. Dóminus consérvet eum, et vivíficet eum, et beátum fáciat eum in terra, et non tradat eum in ánimam inimicórum ejus.
℣. Tu es Petrus.
℟. Et super hanc petram ædificábo Ecclésiam meam.
℣. Oremus.
Deus, ómnium fidélium pastor et rector, fámulum tuum Francíscum, quem pastórem Ecclésiæ tuæ præésse voluísti, propítius réspice: † da ei, quǽsumus, verbo et exémplo, quibus præest, profícere: * ut ad vitam, una cum grege sibi crédito, pervéniat sempitérnam. Per Christum, Dóminum nostrum.
℟. Ámen.

Dom Dimas Barbosa


℣. Orémus pro Antístite nostro Dismas.
℟. Stet et pascat in fortitúdine tua Dómine, sublimitáte nóminis tui.
℣. Salvum fac servum tuum.
℟. Deus meus sperántem in te.
℣. Orémus.
Deus, ómnium fidélium pastor et rector, fámulum tuum Dismam, quem pastórem Ecclésiæ Campigrandénsis præésse voluísti, propítius réspice: † da ei, quǽsumus, verbo et exémplo, quibus præest, profícere: * ut ad vitam, una cum grege sibi crédito, pervéniat sempitérnam. Per Christum, Dóminum nostrum.
℟. Amen.

Pe. Marcelo Tenório


"Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, conservai os vossos sacerdotes sob a proteção do Vosso Coração amabilíssimo, onde nada de mal lhes possa suceder.

Conservai imaculadas as mãos ungidas, que tocam todos os dias vosso Corpo Santíssimo. Conservai puros os seus lábios, tintos pelo Vosso Sangue preciosíssimo. Conservai desapegados dos bens da terra os seus corações, que foram selados com o caráter firme do vosso glorioso sacerdócio.

Fazei-os crescer no amor e fidelidade para convosco e preservai-os do contágio do mundo.

Dai-lhes também, juntamente com o poder que tem de transubstanciar o pão e o vinho em Corpo e Sangue, poder de transformar os corações dos homens.

Abençoai os seus trabalhos com copiosos frutos, e concedei-lhes um dia a coroa da vida eterna. Assim seja!
"

(Santa Teresinha do Menino Jesus)

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29 de out. de 2011

DIA DOS FIÉIS DEFUNTOS



PROGRAMAÇÃO PARA 2 DE NOVEMBRO NA PARÓQUIA SÃO SEBASTIÃO

Prezados leitores,
Salve Maria Santíssima!

O dia 2 de Novembro é a data em que a Igreja Católica dedica todas as orações e demais celebrações às almas dos fiéis que encontram-se no Purgatório. Este dia é conhecido como Dia dos Fiéis Defuntos, Dia de Finados ou ainda, Dia dos Mortos.

Segue a programação da Paróquia São Sebastião para o dia 2 de Novembro de 2011, próxima quarta-feira:


8h30 - Retiro sobre a "Preparação para a Boa Morte"
12h - Ofício das Almas
15h - Via Sacra
16h - Santa Missa pelos Fiéis Defuntos



A Missa de Finados no Rito Tridentino 

Na celebração da Missa de Finados no rito tridentino, o Sacerdote oferece três Missas seguidas, multiplicando assim o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo no calvário pelo alívio e salvação das almas do Purgatório.

A primeira Missa é solene [n.d.r.: cantada] e oferecida pelas intenções do Sacerdote; a segunda é rezada pelas intenções do Papa, e  terceira, pelas santas almas do purgatório.

Transcrevemos a seguir o ensinamento da Santa Igreja sobre o Dia de Finados:


Do Catecismo Maior de São Pio X

Capítulo XI - Da comemoração dos Fiéis Defuntos

226. Por que depois da festa de Todos os Santos a Igreja faz a comemoração de todos os Fiés Defuntos?
          Depois da festa de Todos os Santos, a Igreja faz a comemoração de todos os Fiéis Defuntos que estão no Purgatório porque é conveniente que a Igreja militante, depois de ter honrado e invocado com uma festa geral e solene o patrocínio da Igreja triunfante, vá em socorro da Igreja padecente, com um sufrágio geral e solene.

227. Como podemos nós sufragar as almas dos Fiéis Defuntos?
         Podemos sufragar as almas dos fiéis defuntos com orações, com esmolas e com todas as outras boas obras, mas sobretudo com o Santo Sacrifício da Missa.
228. Segundo o espírito da Igreja, por quais almas devemos aplicar os nossos sufrágios na comemoração dos Fiéis Defuntos?
          Na comemoração dos Fiéis Defuntos é muito bom aplicar os nossos sufrágios não só pelas almas dos nossos parentes, amigos e benfeitores, mas ainda por todas as outras que se encontram no Purgatório.

229. Que fruto devemos tirar da comemoração de todos os Fiéis Defuntos?
          Da comemoração de todos os Fiéis Defuntos devemos tirar este fruto: 1º - pensar que também nós havemos de morrer em breve e apresentar-nos no tribunal de Deus para Lhe prestar contas de toda a nossa vida; 2º - conceber grande horror ao pecado, considerando quão rigorosamente Deus o castiga na outra vida; e 3º - satisfazer nesta vida à justiça divina, com obras de penitência, pelos pecados cometidos. 
 
Rezemos pelas almas do Purgatório. 
       
Deus lhe dê o céu.


22 de out. de 2011

Maior do que ressuscitar mortos; maior do que curar cegos e coxos é curar a alma


Homilia da Missa do XVIII Domingo Pós Pentecostes


Pe. Marcelo Tenório


Ave Maria, gratia plena; Dominus tecum: benedicta tu in mulieribus, et benedictus fructus ventris tui Iesus. Sancta Maria, Mater Dei ora pro nobis peccatoribus, nunc et in hora mortis nostrae. Amen.


Está diante de Nosso Senhor um paralítico deitado em seu leito. Não é difícil imaginar uma grande multidão ao redor de Nosso Senhor. Não se sabe como conseguiram colocar esse paralítico próximo a Ele com tamanha multidão que O seguia...

Ora, o que aquele paralítico desejaria? Evidentemente, queria a cura física. Muitos vinham de todos os lugares, cegos, aleijados, coxos, todos com problemas físicos ou espirituais e outras coisas indesejáveis e queriam a cura. Nosso Senhor fala ao paralítico: “Tem coragem, tem confiança filho. São-te perdoados os teus pecados”. Nosso Senhor perdoa os pecados, mas, num primeiro momento, não cura a enfermidade, pois para Ele está claro: são os pecados que devem ser retirados, perdoados. O importante não é a cura física, mas a cura interior, a cura da alma, ou seja, a purificação plena da alma com a misericórdia de Nosso Senhor, com essa imensa graça que é o poder de perdoar os pecados.

Pois bem, parece um contrassenso de Nosso Senhor. Todos esperavam milagres, curas físicas. Nosso Senhor constrange as expectativas daqueles que estão ali, mas não só isso: Ele deseja, principalmente, atacar a hipocrisia dos fariseus.

Ali estavam os fariseus, os Escribas, os Doutores da Lei, não buscando a verdade, mas para “testar” Nosso Senhor. E Ele, com sua divina sabedoria, sabia bem a intenção daqueles; sabia que se escandalizariam muito mais se dissesse: “Seus pecados estão perdoados”.

“Mas como pode?!”, diriam, “Só Deus pode perdoar os pecados! Blasfemou! Blasfemou!”, disseram entre si. E Nosso Senhor, conhecendo o coração deles, interroga-os: “O que é mais fácil: Dizer ao paralítico: Teus pecados te são perdoados! Ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda?”

Dizer que os pecados estão perdoados é muito fácil, mas não há mudanças aparentes. Mas ao dizer “levanta-te e anda”, o paralítico tem que se levantar e andar. Então, “Para que saibais que o Filho do Homem tem na terra o poder de perdoar os pecados: ‘Levanta-te’, disse ele ao paralítico, ‘toma o teu leito e vá para tua casa’. E imediatamente, o homem se levantou.

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Nosso Senhor não faz milagres de forma gratuita. No mundo de hoje se procura um Deus milagreiro; um Deus que faça espetáculos de poder. Não! Deus não costuma agir no extraordinário, pois que os milagres tem apenas a função de informar, confirmar alguma verdade. No entanto, é o ordinário que nos forma. Mas por que os milagres? Para que Deus possa assinalar [n.d.r.: confirmar] a sua doutrina.

Nosso Senhor fala muito claro: “Para que saibais que o Filho do Homem tem o poder de perdoar pecados”, ou seja, o perdão dos pecados é muito mais importante, na ordem da graça, do que a cura física.

“Para que saibais que Eu tenho o poder de perdoar pecados, então levanta-te e anda”. É a autoridade divina, plena, suprema que realiza o milagre, pois Deus “assina” a Sua verdade com autênticos milagres.

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A Eucaristia... “Isto é o meu Corpo; Isto é o meu Sangue”, o Corpo e Sangue de Nosso Senhor. Ele está verdadeiramente presente, é a Presença Real de Nosso Senhor na Hóstia consagrada. No momento da consagração, o que era pão já não é mais pão: é Carne; o que era vinho já não é mais vinho: é Sangue do Deus vivo! E ali está Cristo inteiro, em corpo, sangue, alma e divindade.

E Deus assina essa verdade com portentosos milagres eucarísticos, entre eles, o famoso “Milagre de Lanciano”, ocorrido no século VIII, na Itália. Até hoje a hóstia está ali, à vista de todos, transformada em carne e sangue de Nosso Senhor. Há treze séculos! Analisado pela ciência mais moderna, foi comprovado que a carne é do coração e tem o mesmo tipo sanguíneo do sangue, além de estarem num estado como se fosse de uma pessoa viva.

Milagres, assinaturas de Deus a uma verdade!

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Sobre a veneração que a Igreja desde o início teve pela a Mãe de Deus...

“Porei inimizade entre ti e a Mulher”, diz Deus no livro do Gênesis, dirigindo-se ao demônio. Portanto, há uma guerra, uma inimizade entre a serpente e a Mulher; entre a descendência da serpente e a da Mulher. Há uma guerra! Não há paz entre a mulher e a serpente, o demônio; não há paz entre a descendência da Mulher e a descendência da serpente. “Tu lhe ferirás o calcanhar e ela lhe esmagará a cabeça”.

Há uma geração da Mulher e é esta geração que A proclama Bem-aventurada por todas as gerações! E onde está quem a proclama Bem-aventurada? Somente na Igreja Católica Apostólica Romana, de forma que unicamente na Igreja Católica, onde está a verdade plena, encontramos os milagres autênticos.

O culto a Nossa Senhora, por exemplo, é assinado por muitos milagres de Deus, entre eles, o milagre de Nossa Senhora de Guadalupe. A imagem da mãe de Deus foi “impressa” na roupa [n.d.r.: poncho ou tilma, vestimenta tradicional mexicana] do índio. Nesta aparição inúmeros milagres foram testemunhados. E depois de tantos séculos [n.d.r.: 5 séculos], com o desenvolvimento da ciência, o “poncho” é analisado e nele constatam-se coisas impressionantes, como por exemplo, a pintura. Não é de origem mineral, nem vegetal, nem animal, ou seja, o material usado na pintura não é de origem natural. Algo sobrenatural, que não foi pintado, mas impresso, como uma fotografia; a imagem também permanece como que “flutuando” sobre o pano [n.d.r.: cientistas constataram que a pintura está a 3 décimos de milímetro distante da tilma]. Também uma Mulher [n.d.r.: Nossa Senhora] está “viva” naquela imagem, pois foi constatado que há temperatura em seu corpo; está grávida por que ouvem-se batimentos cardíacos em seu ventre; em seus olhos pode-se ver a cena em que o índio, Juan Diego, abre o pano, seu poncho, diante do Bispo. Esta cena aparece na pupila dos olhos da Virgem.

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Milagres que a ciência não tem como explicar, e tantos outros milagres com que Deus vai assinando a sua verdade, a sua doutrina.

É por este motivo que não existe, não pode existir, milagres fora da Igreja Católica, na mentira, no erro, na discórdia, na divisão. Deus não assina a mentira, logo, não existe, e nunca existirá, nenhum milagre fora da Igreja Católica. Por quê? Porque Deus não se contradiz. Deus não assina aquilo que é falso.

“Mas houve curas!”, dirão. Ora, curas psicossomáticas! A psicologia e a ciência podem curar, mas não podem fazer milagres. Milagres somente na Igreja Católica. Não existe nenhum milagre, nenhum conhecido que pela ciência tenha sido comprovado, certificado, fora da comunhão da Igreja. Por quê? Porque Deus realiza o que Ele fez na pessoa de seu Filho, Jesus: assina Sua obra com autênticos e verdadeiros milagres.

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Um dos maiores milagres que Nosso Senhor nos deixou é a Santa Missa, onde comungamos, verdadeiramente, Seu Corpo e Sangue. Também a confissão é um milagre realizado por Deus, através do sacerdote. Este é o maior dos milagres.  

Maior do que ressuscitar mortos, maior do que curar cegos e coxos é curar a alma.

São João Maria Vianney dizia aos seus paroquianos: “Ide, falai aos anjos, pedi aos anjos que vos deis o Pão dos Céus e eles vos dirão: ‘Não podemos’. Ide, pedi à Santíssima Virgem que perdoe os vossos pecados e Ela vos dirá: ‘Não posso’. Mas procurai o mais simples dos sacerdotes, só ele poder-vos-á dizer: ‘Os teus pecados estão todos perdoados’”.


Homilia proferida em 15 de Outubro de 2011, na festa de Santa Tereza D’Ávila.

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LEITURAS

EPÍSTOLA 1ª DE SÃO PAULO APÓSTOLO AOS CORÍNTIOS I, 4-8

Irmãos: Dou graças incessantemente ao meu Deus por vós, por causa da graça de Deus, que vos foi dada em Jesus Cristo; porque em todas as coisas fostes enriquecidos nEle, em toda a palavra e em toda a ciência; assim foi confirmado entre vós o testemunho de Cristo, de maneira que nada vos falta em graça alguma, a vós que esperais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual também vos confirmará até ao fim, (para que sejais) irrepreensíveis no dia da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.


EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS IX, 1-8

Naquele tempo: Subindo Jesus para uma pequena barca, tornou a passar o lago, e voltou para a sua cidade. E eis que lhe apresentaram um paralítico, que jazia no leito. E, vendo Jesus a fé que eles tinham, disse ao paralítico: Filho, tem confiança, são-te perdoados os teus pecados. E logo alguns dos escribas disseram no seu interior: Este blasfema. E, tendo Jesus visto os seus pensamentos, disse: Porque pensais mal nos vossos corações? Que é mais fácil dizer: São-te perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, e caminha? Pois, para que saibais que o Filho do Homem tem poder sobre a terra de perdoar pecados: Levanta-te, disse então ao paralítico, toma o teu leito, e vai para tua casa. E, vendo isto, as multidões temeram e glorificaram a Deus, que deu tal poder aos homens.
19 de out. de 2011

Nela está a prefiguração daquilo que Deus desejou para toda a humanidade



Homilia da Missa em honra a Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil
 



Pe. Marcelo Tenório

Ave Maria, gratia plena; Dominus tecum: benedicta tu in mulieribus, et benedictus fructus ventris tui Iesus. Sancta Maria, Mater Dei ora pro nobis peccatoribus, nunc et in hora mortis nostrae. Amen.


Celebramos hoje a solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora com o título de Nossa Senhora Aparecida. É a Santa Missa em honra de sua concepção imaculada.

Nossa Senhora desde primeiro instante da sua concepção foi preservada de todo pecado original. Em nenhum momento, nenhuma mancha, nenhuma sombra, nenhum resquício de nossos pais [n.d.r.: Adão e Eva], nada a atingiu. Por isso a Igreja canta “Toda Pura és, Maria, e em Ti não há mácula”.

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A Imaculada Conceição de Nossa Senhora nos aponta para ensinamentos extremamente importantes. Nós somos criados para Deus, para estar em Deus. Estar em Deus é estar na graça e nossos pais [n.d.r.: Adão e Eva] foram criados na graça, na graça santificante, na vida santa, foram criados puros e imaculados. Neles toda a humanidade deveria também ser pura e imaculada. No entanto, foi quebrada a unidade com Deus. Pelo pecado original nossos pais foram expulsos da presença divina e nós, seus filhos, recebemos por conseqüência essa mancha original, que nos é retirada no dia de nosso Batismo.

Nossa Senhora, na festa da concepção Imaculada, nos lembra que Ela, pela santa vontade de Deus, foi preservada do pecado original e nEla está a prefiguração daquilo que Deus desejou para a humanidade inteira, que era permanecer sempre formosa [n.d.r.: pura], sempre santa, sempre imaculada.

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Chamamo-la hoje sobre o patrocínio de “Aparecida”, pois fazemos referência àquele belo milagre ocorrido no século XVIII, quando aqueles pescadores foram atrás de peixes para a festa que seria oferecida a um homem importante, a uma autoridade importante. Não conseguiram nada, não pescaram nada. Lembra-nos a pesca milagrosa, sobre a qual narra o santo evangelho. De repente, um dos pescadores “pesca” o corpo de uma imagem, e, logo em seguida, lançando as redes novamente, vem a cabeça daquela mesma imagem, que é a de Nossa Senhora da Conceição. Em seguida, lançando novamente as redes, conseguem pescar uma enorme quantidade de peixes, a tal ponto que tiveram medo de que a barca viesse a naufragar. A partir daí, Deus vai firmando o culto daquela pequena imagem da Virgem Santíssima com milagres, e ela foi chamada de Aparecida, por que, de fato, aparece milagrosamente nas águas do Rio Paraíba, e se torna nossa Rainha, padroeira do Brasil.

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Vários papas na história da Igreja condenaram a nefasta idéia da separação da igreja e do estado. Condenaram a nefasta idéia do estado laico. Ora, não existe estado laico, se Deus criou o homem à sua imagem e semelhança e fundiu o coração do homem com o desejo dEle mesmo. Deus coloca a sua Lei no coração do homem. Portanto, não pode existir estado laico. É uma loucura, um suicídio, querer promover a ideia do estado laico, separado da Igreja. Não pode de forma alguma existir leis contra a Lei Divina, tampouco contra a lei natural; não pode coexistir um estado laico se o povo é profundamente e essencialmente religioso.

A Sagrada Escritura nos fala que Jesus Cristo é o Senhor e que diante dEle todos os joelhos devem dobrar-se. Ele é o Senhor de tudo! Ele é o Senhor de todos os povos! Ele é o Senhor também e, sobretudo, da nossa Pátria, de forma que não somos “neutros” em matéria de fé e religião! E como só existe uma fé verdadeira, um só Batismo, somente uma fé para a conversão dos pecados deve trilhar o solo de nossa pátria: a verdade católica.

Enquanto muitos dizem o contrário e promovem o contrário, então vamos nós rumo ao Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo, através do Coração Imaculado de Maria, Rainha e Padroeira do Brasil.

Homilia proferida em 12 de Outubro de 2011, na festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil.

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LEITURAS


EPÍSTOLA: LIVRO DA SABEDORIA VIII, 22-35


Pertenci ao Senhor logo no inicio dos seus caminhos, ainda antes de Ele ter criado fosse o que fosse. Fui constituída desde a eternidade, em época remotíssima, ainda antes de o mundo existir. Quando fui concebida, ainda não havia abismos, nem as fontes tinham brotado, nem se tinha erguido a mole imponente das montanhas; vim à luz antes de se alterarem as colinas, quando ainda não tinha feito, nem a terra, nem os rios, nem os pólos do eixo do globo. Quando desdobrava os céus, já eu estava presente. Quando submetia os abismos ao curso de leis invioláveis; quando estendia os espaços siderais, e punha em equilíbrio as fontes subterrâneas; quando fixava os limites ao mar, e lhe impunha não violá-los; quando lançava os fundamentos da terra, – eu estava com Ele dispondo todas as coisas e deleitava-me sem cessar, jubilosa por me encontrar a seu lado, brincando sobre o globo da terra, e deliciando-me por viver entre os filhos dos homens. Agora, meus filhos, ouvi-me: “Felizes os que seguem os meus caminhos! Aceitai os meus ensinamentos, e cultivai a sabedoria, não os rejeitando. Feliz o homem que me encontra, e que permanece constantemente de vigia à minha porta, sem nunca deixar os seus umbrais! O que me encontrar, encontra a vida, e alcançará do Senhor a salvação.”




EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS XXII, 34-46


Naquele tempo: Foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um varão, que se chamava José, da casa de Davi. O nome da Virgem era Maria. Entrando o anjo onde ela estava, disse-lhe: “Deus te salve, cheia de graça! O Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres!”
13 de out. de 2011

Às coisas, aos bens, o nosso desprezo. Fiquemos com Deus!



Homilia da Missa do XVII Domingo Pós Pentecostes

Pe. Marcelo Tenório

Ave Maria, gratia plena; Dominus tecum: benedicta tu in mulieribus, et benedictus fructus ventris tui Iesus. Sancta Maria, Mater Dei ora pro nobis peccatoribus, nunc et in hora mortis nostrae. Amen.


Acabamos de escutar o Santo Evangelho deste domingo. Os fariseus, mais uma vez, queriam pôr Nosso Senhor à prova. E um deles, que era doutor da Lei, perguntou-Lhe: “Qual é, Mestre, o maior mandamento da Lei?” A lei hebraica possuía cerca de 613 mandamentos. Eles sabiam os mandamentos de cor. O grande entrave de Jesus com os fariseus é que eles eram hipócritas: pregavam, mas não faziam; impunham aos outros grandes pesos, mas nem eles mesmos praticavam a sua religião.

Nosso Senhor, dando-lhes a resposta, mostra a necessidade de apenas dois grandes Mandamentos. Um é dependente do outro. E esses dois Mandamentos foram tirados da própria lei judaica. O primeiro deles: “Amarás o Senhor de todo o teu coração, de toda a tua alma e com toda a tua mente...”. O segundo mandamento é dependente deste: “... e a teu próximo como a ti mesmo”. “Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo”. Ou... mais do que a ti mesmo.
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Conta uma estória que um príncipe russo vinha por uma aldeia e viu uma jovem mulher com uma criança no braço. De repente, escutou aquela mulher dar um grande grito (mas um grito de alegria), olhar para o céu e fazer o sinal da cruz. E o príncipe foi interrogar aquela aldeã, que lhe disse: “Alteza, é a primeira vez que meu filho me dá um sorriso”. Se uma mãe, um ser humano, fica tão feliz com um simples sorriso do seu filhinho, que é sinal de agradecimento, reconhecimento de sua maternidade, quanto mais Deus fica também feliz conosco com nosso sinal de amor para com Ele. E (a mãe) estava agradecida a Deus por causa do seu filho pequeno que lhe sorria pela primeira vez. Assim somos nós: deveríamos ser agradecidos a Deus por tanto amor, até ao ponto de doar Seu único Filho em nosso resgate.
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Amar a Deus sobre todas as coisas. Primeiro, com toda a nossa mente. Somos ordenados a amar a Deus com toda a nossa mente. Não com a metade, não com o pouco dela, mas toda a nossa mente. O amor é radical. Deus nos amou “radicalmente”. É extremo, é imensurável esse amor de Deus, é extraordinário: nós não somos nada, e a Ele nada acrescentamos, mesmo assim Ele quis nos amar, sabendo de tudo (porque era Deus), nos amou e deu Seu Filho, para ser massacrado por nós. Então, este amor para com Aquele que é radical no seu amor, também deve ser um amor radical. E Ele nos ordena a isso. Ele não se satisfaz com a metade do nosso coração – nosso coração e nossa mente. Afirma Santo Agostinho: “Ou se ama, ou se não ama. Ou se é santo, ou não se é santo. Ou se é honesto, ou não se é honesto.” Ou uma coisa ou outra; o “meio honesto” não é honesto; ou se é honesto, ou não se é honesto. Ou se ama a Deus, ou não se ama a Deus. Não podemos amar a Deus pela metade, por isso a exigência: “com toda a nossa mente”; e essa mente está livre (para amar a Deus).
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Em 1512, conta a história, viveu um um certo Boscoli (Pier Paolo Boscoli): a família Medici o aprisiona, e leva à morte aquele grande republicano. Pois bem, no momento derradeiro, no momento da morte, estava ele angustiado. Ele pedia insistentemente a um amigo, um artista chamado Luca, que o ajudasse. A mente de Boscoli, com tantas e tantas filosofias, tantas e tantas idéias revolucionárias, tantas e tantas divagações... Mas, naquele momento, ele queria poder focar-se, focar sua mente, somente em Deus. Uma angústia tremenda de uma mente apavorada, de uma mente cheia de muitas e muitas coisas que jamais seriam capazes de ajudá-lo a morrer bem, a ter uma contrição perfeita, a fazer um ato de piedade, com toda a sua mente... Uma alma realmente cheia de devassidão, uma alma realmente cheia de pornografia, uma alma realmente cheia das coisas e dos amores desse mundo, jamais, jamais conseguirá amar a Deus com toda a sua mente. E se não se ama a Deus com toda a sua mente, por fim o que isso trará?

Para isso é necessária a purificação da mente, a mente purificada, a mente convertida, a mente livre, a mente cheia de Deus... Daí a necessidade da meditação, da oração freqüente, da meditação nos Mistérios de Cristo, sobretudo nos Mistérios da Paixão. Os santos se fizeram santos, amaram a Deus sobre todas as coisas, de toda a sua mente, justamente esvaziando-se do mundo para encher-se das coisas sagradas. E aí entra uma boa meditação. Nas meditações da Paixão de Cristo, tantos e tantos nela se fortificaram, nela se santificaram, de todo o coração.
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Santo Agostinho certa vez se encontrava pregando para uma multidão em sua igreja, e perguntava: “Mas existe alguma coisa nesta vida que a gente possa preferi-la a Deus – poderes, riquezas, bens –, tudo isso, todas estas coisas são capazes de preencher em totalidade a vida de um homem a tal ponto dele preferir tudo isso a Deus? Nós, cristãos – indagava Santo Agostinho – teríamos a coragem de aderir, de querer todas estas coisas, se fosse para escolher entre Deus e elas?” E do meio do povo, uma voz entusiasta gritou: “Fiquemos com Deus! E que as coisas possam ir embora, que as coisas possam desaparecer, que os amores humanos possam ser desprezados. Nós, fiquemos com Deus!” É uma atitude que deve ser tomada por cada um de nós, na nossa vida, no nosso dia a dia, nas coisas que querem tentar os olhos e a carne, nas coisas que batem à nossa porta, nos amores humanos, o mundo, as seduções; os cantos ou os cantares do paganismo insistentemente nos dias de hoje... A todos eles, possamos dizer: “A vós, o nosso desprezo! Fiquemos com Deus! E somente com Ele, e com todas as nossas obras, de toda a mente, de todo coração”.
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Deus espera de nós um amor operoso, não sensível. A sensibilidade nos faz cair no mundo do subjetivismo, romântico, e dali não saímos; é uma areia movediça, atrofia a alma. O que mais existe hoje, infelizmente, na Igreja, é a ideia de um amor sensível, tanto de Deus para conosco como de nós para com Deus, que tira, pelo menos da nossa parte, o heroísmo, o heroísmo autêntico, a força, a determinação, porque caímos no vendaval das coisas sensíveis e olhamos para Deus com amor meramente romântico, sensitivo... Não! Não é este amor com o qual Deus nos amou. Deus não nos amou com amor sentimental, e Ele espera de nós justamente isto: o nosso amor operoso, o “faça-se”, o concreto. Alguém diz: “Deus, eu rezo muito, faço penitências, mas eu não consigo sentir o amor de Deus”. Mas não se precisa sentir o amor de Deus. O amor de Deus não é para ser sentido, mas constatado (...). Também com relação a Ele precisamos agir, precisamos falar e fazer concretamente o que esse fiel no seio da igreja de Santo Agostinho disse com a vida, gritou com a alma:
Às coisas, aos bens, o nosso desprezo. Fiquemos com Deus!

Homilia proferida em 09 de Outubro de 2011.

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LEITURAS

EPÍSTOLA DE SÃO PAULO APÓSTOLO AOS EFÉSIOS IV, 1-6

Irmãos: Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro do Senhor, que andeis dum modo digno da vocação a que fostes chamados; com toda a humildade e mansidão com paciência, suportando-vos uns aos outros por caridade, solícitos em conservar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e um só espírito, como também vós fostes chamados a uma só esperança da vossa vocação. Há um só Senhor, uma só fé e e um só Batismo. Há um só Deus e  Pai de todos, que está acima de todos, e (opera) por todas as coisas, e (reside) em todos nós. Que é bendito por todos os séculos dos séculos. Amém.

EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS XXII, 34-46

Naquele tempo: Foram ter com Jesus os fariseus e um deles, doutor da lei, tentando-o, perguntou-lhe: Mestre, qual é o grande mandamento da lei? Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu espírito.  Este é o máximo e o primeiro mandamento. Mas o segundo é semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. E, estando juntos os fariseus, Jesus interrogou-os, dizendo: que vos parece do Cristo? De quem é ele filho? Responderam-lhe: de David. Jesus disse-lhes: Como pois lhe chama David, em espírito, Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Senta-te à minha mão direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés? Se pois David o chama Senhor, como é ele seu filho? E ninguém podia responder-lhe uma só palavra; e daquele dia em diante não houve mais quem ousasse interrogá-lo.

10 de out. de 2011

Apresentação do Blog


Prezados leitores,
Salve Maria!

Com alegria apresentamos a todos o blog "Missa Tridentina na Paróquia São Sebastião", que foi desenvolvido e será administrado por fiéis da Paróquia com a autorização e acompanhamento do Reverendíssimo Pe. Marcelo Tenório.

Sob sua orientação, temos como finalidades:

1) Disseminar informações importantes sobre a celebração da Santa Missa segundo o rito Tridentino

Na parte superior do blog inserimos algumas páginas de teor “catequético-informativo”, onde serão postados artigos e documentos cujo conhecimento é de fundamental importância a todo fiel católico.

A Missa Tridentina – Explanação histórica de sua formação e breve explicação sobre a simbologia das orações e cerimônias próprias deste Rito.

Documentos importantes – Seleção dos vários documentos concernentes à Missa Tradicional: Legislação, Canto Gregoriano, costumes tradicionais, entre outros.

Ordinário da Missa – Constitui-se das partes fixas do rito, isto é, aquilo que é rezado sempre e em todas as celebrações, tanto nas Missas simples e “rezadas” como nas solenes e “cantadas”.
NOTA: A Paróquia disponibiliza aos fiéis os livretos com o Ordinário da Santa Missa na mesinha localizada à direita da porta principal da Igreja.

Orientações – Sucintas informações para aqueles fiéis que assistirão a Missa Tradicional pela primeira vez.

           
2) Evangelizar através das homilias pronunciadas pelo Reverendíssimo Padre Marcelo Tenório

Este feliz objetivo nos foi sugerido por um amigo e imediatamente posto em prática por ser de grande valia!

       Homilias Todos os sermões proferidos pelo Pe. Marcelo Tenório serão gravados, transcritos e publicados semanalmente nesta página com o intuito de propagar a fé católica e, deste modo, professar aquilo que nos foi ordenado por Nosso Senhor Jesus Cristo: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (São Marcos XVI, 15).

       Nesta página serão igualmente publicadas as transcrições ou gravações em áudio de suas aulas e discursos, quando afins aos desígnios do blog.


3) Tornar acessível a todos a agenda de eventos e demais programações do Rito Tridentino

       Inserimos também as páginas “Imagens”, onde serão publicadas fotos diversas das Missas, e “Programação”, onde divulgaremos toda a agenda de solenidades especiais no rito Tridentino e demais eventos, como aulas e palestras.


Que Nossa Senhora das Graças, mãe deste blog, nos ajude a alcançar esses objetivos para maior glória de Deus e salvação das almas.

São Sebastião, valente defensor da Santa Igreja, rogai por nós!

Deus lhe dê o céu.