TEMPO PER ANNUM - APÓS PENTECOSTES

(22 de maio a 26 de novembro de 2016)

Horários de Missa

CAMPO GRANDE/MS
Paróquia São Sebastião


DOMINGO
16:30h - Confissões
17h - Santa Missa

TERÇA A SEXTA-FEIRA
(exceto em feriados cívicos)
11h - Santa Missa

1º SÁBADO DO MÊS
16h - Santa Missa

Escreva para o blog:

missatridentina.psaosebastiao
@gmail.com

Marcadores

Nossa Sr.ª das Graças


Ave Maria, gratia plena;
Dominus tecum:
benedicta tu in mulieribus,

et benedictus fructus
ventris tui Iesus.

Sancta Maria, Mater Dei
o
ra pro nobis peccatoribus,
nunc et in hora
mortis nostrae.

Amen.

Nosso Padroeiro


Sancte Sebastiáne,
ora pro nobis.

Papa Francisco


℣. Orémus pro Pontífice nostro Francísco.
℟. Dóminus consérvet eum, et vivíficet eum, et beátum fáciat eum in terra, et non tradat eum in ánimam inimicórum ejus.
℣. Tu es Petrus.
℟. Et super hanc petram ædificábo Ecclésiam meam.
℣. Oremus.
Deus, ómnium fidélium pastor et rector, fámulum tuum Francíscum, quem pastórem Ecclésiæ tuæ præésse voluísti, propítius réspice: † da ei, quǽsumus, verbo et exémplo, quibus præest, profícere: * ut ad vitam, una cum grege sibi crédito, pervéniat sempitérnam. Per Christum, Dóminum nostrum.
℟. Ámen.

Dom Dimas Barbosa


℣. Orémus pro Antístite nostro Dismas.
℟. Stet et pascat in fortitúdine tua Dómine, sublimitáte nóminis tui.
℣. Salvum fac servum tuum.
℟. Deus meus sperántem in te.
℣. Orémus.
Deus, ómnium fidélium pastor et rector, fámulum tuum Dismam, quem pastórem Ecclésiæ Campigrandénsis præésse voluísti, propítius réspice: † da ei, quǽsumus, verbo et exémplo, quibus præest, profícere: * ut ad vitam, una cum grege sibi crédito, pervéniat sempitérnam. Per Christum, Dóminum nostrum.
℟. Amen.

Pe. Marcelo Tenório


"Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, conservai os vossos sacerdotes sob a proteção do Vosso Coração amabilíssimo, onde nada de mal lhes possa suceder.

Conservai imaculadas as mãos ungidas, que tocam todos os dias vosso Corpo Santíssimo. Conservai puros os seus lábios, tintos pelo Vosso Sangue preciosíssimo. Conservai desapegados dos bens da terra os seus corações, que foram selados com o caráter firme do vosso glorioso sacerdócio.

Fazei-os crescer no amor e fidelidade para convosco e preservai-os do contágio do mundo.

Dai-lhes também, juntamente com o poder que tem de transubstanciar o pão e o vinho em Corpo e Sangue, poder de transformar os corações dos homens.

Abençoai os seus trabalhos com copiosos frutos, e concedei-lhes um dia a coroa da vida eterna. Assim seja!
"

(Santa Teresinha do Menino Jesus)

Seguidores

Acessos

Tecnologia do Blogger.
31 de mar. de 2012

SEMANA SANTA NO RITO TRIDENTINO


29 de mar. de 2012

Solene Missa do Domingo de Ramos, às 16h30, na Paróquia São Sebastião


“Pueri Hebræorum, portantes ramos olivarum, obviaverunt Domino, clamantes et dicentes: «Hosanna in excelsis».”
[As crianças hebreias, portando ramos de oliveira, vão ao encontro de Cristo, clamando e dizendo: Hosana nas alturas!]


Prezados leitores,
Salve Maria!

No próximo Domingo (1/04), será celebrada na Paróquia São Sebastião a solene liturgia do II Domingo da Paixão ou “Missa de Ramos”.

Excepcionalmente neste dia, a Missa iniciará às 16:30 horas, devido à maior extensão do Rito que envolve a Bênção e Distribuição dos Ramos aos fiéis e a soleníssima Recitação da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A recitação da “Passio Domini Nostri Jesu Christi” é cantada por três diáconos, ou pelo Celebrante e ministros por ele designados. Um diz as palavras de Cristo (X); o segundo, as dos outros personagens, especialmente dos Judeus (S. = Sinagoga); ao último compete a narrativa propriamente dita (C. = Cronista).

Preservando as rubricas do Rito Romano Tradicional (Missa Tridentina), toda a récita da Paixão é executada em latim. Deste modo, preparamos para uso dos fiéis uma apostila completa com tradução latim-português e explicações pormenorizadas sobre as partes da Missa do Domingo de Ramos, para facilitar o acompanhamento das leituras, cantos e orações.

Que a celebração do Domingo de Ramos seja para nós de grande proveito espiritual, com o auxílio da Virgem Maria, Refugium peccatorum.

In Christe Fide,
Sacerdos.

22 de mar. de 2012

Fiéis da Paróquia São Sebastião recebem a imposição do Cordão de São José





Prezados amigos,
Salve Maria!


No dia 19 de março, festa do glorioso São José, os fiéis que assistiram à Missa Tridentina celebrada às 17 horas pelo Revmo. Pe. Marcelo Tenório, receberam uma grande graça.


Aqueles que desejaram, após orientação das condições pelo Padre, receberam ao final da Missa a solene imposição do milagroso 'Cordão de São José'. Durante a imposição do cordão pelo Padre, entoou-se a belíssima Ladainha de São José em gregoriano.


A devoção ao Cordão de São José está repleta de grandezas espirituais. Transcrevemos abaixo uma breve explicação sobre esta devoção que já possui quase 4 séculos.
São José, castíssimo esposo de Maria Virgem, rogai por nós!


In Christe Fide,
Sacerdos

+   +   +



O CORDÃO DE SÃO JOSÉ 



Foi na Bélgica, na cidade de Anvers, no Convento das Agostinianas, no século XVII que o cordão de São José teve sua origem.

São José, Pai virginal de Jesus, Esposo da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, e guarda do Filho de Deus, patrono Universal da Santa Igreja, protetor e modelo dos operários, modelo e protetor das famílias e conforto dos atribulados, rogai sempre por nós que recorremos a Vós.


ORIGEM, FINALIDADE, MODO DE USAR E BENEFÍCIOS 

O Cordão de São José teve usa origem na Bélgica, mais precisamente, na cidade de Anvers, onde se localizava o convento das Agostinianas. Conta-se que Sóror Isabel Sillevorts foi, em determinada ocasião, atacada do “mal de pedra”, sem que todos os recursos da medicina, empregados para curá-la, surtissem qualquer efeito. Devota de São José, Sóror Isabel, animada da mais firme confiança no Patrocínio deste Glorioso Santo, conseguiu que um Sacerdote lhe benzesse um cordão, cingindo-o à cintura, em homenagem ao grande Patriarca, abandonando, dessa forma, os recursos da terapêutica e iniciando, com todo o fervor, uma Novena de Súplica ao Esposo puríssimo da Virgem Maria, Mãe de Deus. Alguns dias depois, mais precisamente em 10 de junho de 1649, quando, entre fortes dores, fazia ao Santo as mais ardentes súplicas, Sóror Isabel se vê livre de um cálculo de dimensões muito grandes, ficando, assim, completamente curada. A repercussão do milagre foi muito grande e rápida, fazendo com que aumentasse, nos habitantes de Anvers, a devoção a São José, que já não era pequena. Em 1842, na Igreja de São Nicolau, em Verona, por ocasião dos piedosos exercícios do mês de São Paulo, foi esse fato publicado, causando grande repercussão e muitas pessoas enfermas cingiram-se com o cordão bento e experimentaram o valioso auxílio do Glorioso Patriarca, o Santíssimo José. O uso do Cordão de São José foi crescendo cada vez mais e, hoje, ele não é só procurado para alívio das enfermidades corporais, mas, também, e com igual sucesso, para os perigos da alma. Devemos, também, salientar que, o Cordão de São José é utilizado como uma arma poderosa, contra o demônio da impureza. Devido à sua comprovada eficácia contra os males corporais, espirituais e morais, a Santa Sé autorizou a Devoção do Cordão de São José, permitindo até que fosse usado pública e solenemente. Permitiu, também, a Santa Sé a fundação da Confraria e Arquiconfraria do Cordão de São José, elevando uma delas à categoria de PRIMÁRIA. Em setembro de 1859, dando provimento a uma petição do Bispo de Verona, a Sagrada Congregação dos Ritos aprovou a fórmula da Bênção do Cordão de São José. O Cordão de São José deve ser confeccionado com linho ou algodão bem alvejado. A pureza e a alvura desses materiais nos hão de indicar a candura e a virginal pureza de São José, castíssimo esposo da Virgem Maria, Mãe de Deus.

Numa das extremidades, o Cordão tem Sete nós que representam as sete tristezas e as sete alegrias do Glorioso São José. Por fim, deve o Cordão de São José ser bento com bênção própria, por sacerdotes que tenham faculdades para isto, dentre eles, o Padre Pedro Antonio Bach, da Congregação dos Religiosos de Nossa Senhora de Sion. O Cordão de São José, desde que esteja bento, pode ser usado das seguintes formas: Usá-lo cingido à cintura sob a roupa (o cordão maior), no pulso (o cordão menor) ou tê-lo bem guardado para ser usado por ocasião de dores e sofrimentos físicos, aplicando-o com fé na parte enferma do corpo, como costumamos fazer com medalhas do Senhor Jesus e de Nossa Senhora, rezando, então, a São José, sete vezes o Glória ao Pai. Pode, também, ser usado no carro, nos livros escolares, na carteira de documentos, na carteira de motorista, no travesseiro etc. Pode, também, ser colocado na cabeceira do doente e no pulso. As pessoas que usarem, habitualmente, o Cordão de São José terão a graça da boa morte. Aqueles que o trouxerem, constantemente, consigo, terão proteção, especialmente, na guarda e na defesa da sublime virtude da castidade, em qualquer de seus três graus e categorias. O Cordão de São José pode e deve ser usado pelas gestantes que o levarão cingido à cintura, protegendo-as do perigo de aborto, nos partos difíceis etc, como comprovam centenas de fatos. Deve-se rezar, diariamente, Sete Glórias ao Pai em honra das sete dores e das sete alegrias de São José, ou qualquer outra oração a São José. O Papa Pio IX enriqueceu esta fácil e benéfica devoção, com várias indulgências plenárias e parciais.


INDULGÊNCIAS

Dias nos quais se lucram indulgências plenárias trazendo consigo o cordão: No dia do recebimento do Cordão; No Natal (25/12); Na festa de Nossa Senhora Mãe de Deus e Circuncisão (01/01); Na festa de Reis (06/01); na festa da Páscoa, na festa da Ascensão, na festa de Pentecostes e na festa de Corpus Christi; Na Festa do Sagrado Coração de Jesus; Na festa do Imaculado Coração de Maria (22/08); Na Festa da Assunção de Nossa Senhora (15/08); na Festa dos Esponsais de São José (23/01) e na Festa de São José (19/03); Na festa de São José Operário (01/05); e em perigo de morte.

Condições para ganhar as indulgências plenárias:

a) Confissão;
b) Comunhão;
c) Um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Pai, nas intenções do Santo Padre o Papa.

Deve-se rezar diariamente sete Glórias ao Pai em honra das sete dores e das 7 alegrias de São José, ou qualquer outra oração a São José como, por exemplo, as seguintes orações:


ORAÇÃO RECORDANDO AS SETE PRINCIPAIS TRISTEZAS E AS SETE PRINCIPAIS ALEGRIAS DE SÃO JOSÉ (conforme os sete nós do cordão) 

1) Ó Esposo puríssimo de Maria Santíssima, glorioso São José, assim, como foi grande a amargura de vosso coração na perplexidade de abandonardes a vossa castíssima Esposa, assim foi indizível a vossa alegria quando pelo Anjo vos foi revelado o soberano mistério da Encarnação. Por esta tristeza e por esta alegria, vos pedimos a graça de consolardes agora e nas extremas dores, a nossa alma, com a alegria de uma vida justa e de uma santa morte, semelhante à vossa, assistidos por Jesus e por Maria.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

2) Ó felicíssimo Patriarca, glorioso São José, que fostes escolhido para ser o Pai adotivo do Verbo emanado, a tristeza que sentistes ao ver nascer em tanta pobreza o Deus menino, se vos mudou em júbilo celeste ao ouvirdes a Angélica harmonia e ao contemplardes a glória daquela brilhantíssima noite. Por esta tristeza e por esta alegria, vos suplicamos a graça de nos alcançardes que, depois da jornada desta vida, passemos a ouvir os angélicos louvores e a gozar os resplendores de glória celeste.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória. 

3) Ó obedientíssimo executor das divinas Leis, glorioso São José, o sangue preciosíssimo que na Circuncisão derramou o Redentor-Menino vos transpassou o coração, mas o nome de Jesus vo-lo reanimou, enchendo-o de contentamento.

Por esta tristeza e por esta alegria, alcançai-nos viver sem pecado, a fim de expirar cheios de júbilo com o nome de Jesus no coração e na boca.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória. 

4) Ó fidelíssimo Santo, que tivestes parte nos mistérios de nossa Redenção, glorioso São José, se a profecia de Simeão a respeito do que Jesus e Maria teriam de padecer, vos causou mortal angústia, também vos encheu de suma alegria pela salvação e gloriosa ressurreição que, igualmente, predisse teria de resultar para inumeráveis almas.

Por esta tristeza e por esta alegria, obtende-nos que sejamos do número daqueles que, pelos méritos de Jesus e pela intercessão da SS. Virgem, sua Mãe, têm de ressuscitar gloriosamente.

Pai Nosso, Ave Maria, Glória.

5) Ó vigilantíssimo custódio, íntimo familiar do Filho de Deus encarnado, glorioso São José, quanto sofrestes para alimentar e servir o Filho do Altíssimo, particularmente na fuga com Ele para o Egito. Mas, qual não foi também vossa alegria o por terdes sempre convosco o mesmo Deus e por verdes cair por terra os ídolos egípcios.

Por esta tristeza e por esta alegria, alcançai-nos que, afastando para longe de nós o infernal tirano, especialmente, com a fuga das ocasiões perigosas, sejam extirpados do nosso coração todos os idílios de afetos terrenos e que, inteiramente dedicados ao serviço de Jesus e de Maria, para eles somente vivamos e, na alegria do seu amor, expiremos.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

6) Ó anjo da terra, glorioso São José, que cheio de pasmo vistes o Rei do Céu submisso a vossos mandados, se a vossa consolação, ao reconduzi-lo do Egito, foi turbada pelo temor de Arquelau, contudo, sossegado pelo Anjo, permanecestes alegre em Nazaré com Jesus e Maria.

Por esta tristeza e por esta alegria, alcançai-nos a graça de desterrar do nosso coração todo temor nocivo, de gozar a paz da consciência, de viver seguros com Jesus e Maria e também de morrer assistidos por eles.

Pai Nosso, Ave Maria, Glória.

7) Ó exemplar de toda santidade, glorioso São José, que perdeste, sem culpa vossa, o Menino Jesus, e com grande angústia houvestes de procurá-lo por três dias até que, com sumo júbilo, gozastes do que era vossa vida, achando-o no Templo entre os doutores.

Por esta tristeza e por esta alegria, vos suplicamos, com o coração nos lábios, que interponhais o vosso valimento para que nunca se suceda perder a Jesus por culpa grave; mas, se por desgraça o perdermos, com tão grande dor o procuremos que o achemos favorável, especialmente em nossa morte, para passarmos a gozá-la no céu e lá cantarmos convosco suas divinas misericórdias.

Pai Nosso, Ave Maria e Glória.

Rogai por nós, Santíssimo José. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Oremos: Ó Deus, que por Vossa inefável Providência Vos dignastes escolher o bem-aventurado São José para Esposo de Nossa Mãe Santíssima, concedei-nos que aquele mesmo que na terra veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Assim seja.


ORAÇÃO A SÃO JOSÉ PELA FAMÍLIA 

Grande Santo, a quem Deus confiou o cuidado da mais santa família que jamais houve, sede vós, vo-lo pedimos, o pai e protetor da nossa, e impetrai-nos a graça de vivermos e morremos no amor de Jesus, de Maria e do Vosso. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém. Pai Nosso e Ave Maria.


ORAÇÃO PELOS AGONIZANTES

São José, Pai adotivo de Jesus Cristo e verdadeiro esposo da Virgem Maria, rogai por nós e pelos agonizantes deste dia (ou desta noite).
V: São José, padroeiro dos agonizantes.
R: Rogai por nós.

LEMBRAI-VOS, ó puríssimo Esposo de Maria Virgem, ó meu doce protetor, São José, que jamais se ouviu dizer que alguém tivesse invocado a vossa proteção, implorado vosso socorro e não fosse por vós consolado e atendido. Com esta confiança venho à vossa presença e a vós fervorosamente me recomendo. Não desprezeis a minha súplica ó Pai adotivo do Redentor, mas dignai-vos acolhê-la piedosamente.
Assim seja.


O BRILHO DAS FÉRIAS DE TÊMPORAS



Por Michael P. Foley


Introdução

Um perigo em potencial do tradicionalismo é a defesa obstinada de algo sobre o qual alguém conhece pouco. Uma vez perguntei a um padre que tinha recém terminado de celebrar belamente uma Missa de Sábado das Têmporas sobre o significado das Férias de Têmporas. Ele replicou (com um travesso piscar de olho) que não tinha uma pista, mas que estava furioso de terem-nas suprimido.

Os tradicionalistas, entretanto, não são inteiramente responsáveis por sua falta de familiaridade com esta importante parte de nosso patrimônio. A maioria só tem o privilégio de assistir a uma Missa Tridentina dominical, e, consequentemente, as Férias de Têmporas – que ocorrem num dia de semana ou no sábado – passam despercebidas. E, muito tempo antes da sessão de abertura do Concílio Vaticano II, a popularidade destas observâncias foi atrofiada.

Então, por que se importar com elas agora? Para responder a esta questão, devemos primeiro definir o que elas são.



As Quatro estações

As Quatro Têmporas, que caem na quarta-feira, na sexta-feira e no sábado da mesma semana, ocorrem em conjunção com as quatro estações do ano. O outono [primavera no hemisfério sul, n.d.t.] traz as Têmporas de setembro, também conhecidas como as Têmporas de São Miguel devido a sua proximidade com a Festa de São Miguel em 29 de setembro [1]. O inverno [verão no hemisfério sul, n.d.t.], por outro lado, traz as Têmporas de dezembro, durante a terceira semana do Advento e a primavera [outono no hemisfério sul, n.d.t.] traz as Têmporas da Quaresma, após o primeiro domingo da Quaresma. Finalmente, o verão [inverno no hemisfério sul, n.d.t.] anuncia as Têmporas de Pentecostes, que ocorrem dentro da Oitava de Pentecostes.

No Missal de 1962, as Têmporas eram observadas como Férias de segunda classe, dias feriais de especial importância que se sobrepunham inclusive a certas festas de santos. Cada dia tem sua Missa própria, todas as quais são bastante antigas. Uma prova de sua antiguidade é que elas são algumas das poucas férias no rito gregoriano (como o Missal de 1962 agora vem sendo chamado) que têm cinco leituras do Antigo Testamento acompanhadas da leitura da Epístola, uma disposição antiga de fato.

Jejum e abstinência parcial durante as Têmporas eram também observados pelos fiéis desde tempos imemoriais até a década de 1960. É esta associação de jejum e penitência com as Têmporas que levou alguns a pensarem que seu nome peculiar tivesse algo a ver com cinzas ardentes, ou brasas. Mas o nome em inglês [ember, n.d.t.] deriva-se provavelmente de seu título latino, as Quatuor Tempora ou “Quatro Estações" [2].



Apostólicas e Universais

A história das Têmporas leva-nos às origens mesmas do Cristianismo. O Antigo Testamento prescreve um jejum quádruplo como parte de sua consagração do ano em curso a Deus (Zac 8, 19). Além destas observâncias sazonais, judeus piedosos na Palestina do tempo de Jesus jejuavam toda segunda e quinta – daí a vanglória do fariseu sobre o jejuar duas vezes por semana na parábola envolvendo um deles e o publicano (Lc 18, 12).

Os primeiros cristãos corrigiram ambos os costumes. A Didache, obra tão antiga que pode inclusive ser datada antes de alguns livros do Novo Testamento, conta-nos que os cristãos palestinos no primeiro século jejuavam todas as quartas e sextas: quartas, porque é o dia em que Jesus foi traído; e, sextas, porque é o dia em que Ele foi crucificado [3]. Os jejuns de quartas e sextas de tal forma faziam parte da vida cristã que uma palavra em gaélico, Didaoirn, significa literalmente “o dia entre os jejuns”.


No século terceiro, os cristãos em Roma começaram a destinar alguns destes dias à oração sazonal, em parte como imitação do costume judeu e em parte como resposta às festas pagãs que ocorriam por volta da mesma época [4]. Assim nasceram as Têmporas. E depois que o jejum semanal tornou-se menos frequente, foram as Têmporas que permaneceram como testemunho evidente de um costume que remonta aos próprios Apóstolos [5]. Ademais, pela modificação dos dois jejuns judeus, as Têmporas encarnam a declaração de Cristo de que Ele não veio para abolir a Lei, mas para cumpri-la (Mt 5, 17) [6].



Beneficamente naturais

Este cumprimento da Lei é crucial porque ensina-nos algo fundamental sobre Deus, Seu plano redentor para nós e a natureza do universo. Tanto no caso dos jejuns sazonais dos judeus quanto no das Têmporas dos cristãos, somos convidados a considerar a maravilha das estações naturais e sua relação com o Criador. Pode-se dizer, por exemplo, que as quatro estações indicam individualmente a felicidade do Céu, onde há “a beleza da primavera, o brilho do verão, a abundância do outono e o repouso do inverno" [7].

Isto é significativo porque as Têmporas são o único tempo no calendário da Igreja onde a natureza qua natureza é destacada e reconhecida. Certamente o ano litúrgico como um todo pressupõe o ritmo anual da natureza (a Páscoa coincide com o equinócio de primavera, o Natal com o solstício do inverno [no hemisfério norte, n.d.t.], etc.), mas aqui nós celebramos não os fenômenos naturais em si, mas os mistérios sobrenaturais que eles evocam. As Rogações comemoram a natureza, mas principalmente à luz de seu significado agrícola (ou seja, em relação com seu cultivo pelo homem) e não em seus próprios termos, por assim dizer [8].

As Têmporas, portanto, destacam-se como os únicos dias nas estações sobrenaturais da Igreja que comemoram as estações naturais da terra. Isto é apropriado porque, uma vez que o ano litúrgico renova anualmente nossa iniciação no mistério da redenção, ele deve fazer alguma menção especial à própria coisa que a graça aperfeiçoa.



Singularmente Romanas

Mas, e o sábado? A apropriação romana do jejum semanal evoluiu acrescentando o sábado como extensão do jejum de sexta-feira. E, durante as Quatro-Têmporas, uma 
Missa especial e uma procissão para a Basílica de São Pedro eram celebradas, com a congregação sendo convidada a “ficar em vigília com Pedro”. Sábado é um dia apropriado não somente para uma vigília, mas como um dia de penitência, quando nosso Senhor “jazia no sepulcro, e os Apóstolos estavam com o coração entristecido e em grande pesar" [9]. A propósito, foi este costume que deu origem ao provérbio: “quando em Roma, faça como os romanos”. Segundo a tradição, quando Santo Agostinho e Santa Mônica perguntaram a Santo Ambrósio de Milão se eles deviam obedecer aos jejuns semanais de Roma ou de Milão (que não incluía os sábados), Ambrósio respondeu: “quando eu estou aqui, eu não jejuo aos sábados, quando estou em Roma, jejuo" [10].



Solidariedade entre clérigos e leigos

Outro costume romano, instituído pelo Papa Gelásio I em 494, é usar os sábados das Têmporas como dia para se conferir as Ordens Sagradas. A tradição apostólica prescrevia que as ordenações fossem precedidas por jejum e oração (cf. At 13, 3), e assim era bastante razoável situar as ordenações ao final deste período de jejum. Isto permitia à comunidade inteira unir-se aos candidatos no jejum e na oração pela bênção de Deus sobre sua vocação, e não apenas a comunidade nesta ou naquela diocese, mas de todo o mundo.



Pessoalmente devotas

Além de comemorar as estações da natureza, cada uma das Quatro-Têmporas assume o caráter do tempo litúrgico em que está situada. As Férias de Têmporas do Advento, por exemplo, celebram a Anunciação e a Visitação, as únicas vezes durante o Advento, no Missal de 1962, em que isto é feito explicitamente. As Quatro-Têmporas da Quaresma permitem-nos ligar a estação da primavera [no hemisfério norte, n.d.t.], quando a semente deve morrer para produzir nova vida, à mortificação quaresmal de nossa carne. As Quatro-Têmporas de Pentecostes, curiosamente, encontram-nos jejuando durante a Oitava de Pentecostes, ensinando-nos que existe um “jejum alegre" [11]. As Quatro-Têmporas de Setembro [no texto original em inglês, “Fall Embertide”, n.d.t.] são o único tempo em que o calendário romano ecoa a Festa dos Tabernáculos e o Dia do Perdão dos judeus, duas comemorações que nos ensinam muito sobre nossa peregrinação terrena e sobre o Sumo Sacerdócio de Cristo [12].


As Férias de Têmporas também nos oferecem a ocasião de um exame trimestral de nossa alma. O Beato Tiago de Varazze (+ 1298) lista oito razões pelas quais nós deveríamos jejuar durante as Têmporas, a maioria delas relacionada à nossa luta pessoal contra o vício. O verão, por exemplo, que é quente e seco, é análogo ao “fogo e ardor da avareza”, enquanto o outono é frio e seco, como o orgulho. Tiago faz ainda um trabalho agradável ao coordenar as Têmporas com os quatro temperamentos: a primavera é sanguínea, o verão é colérico, o outono é melancólico e o inverno é fleumático [13]. Não espanta que as Férias de Têmporas tenham se tornado tempos de retiro espiritual (não diferente de nossos modernos retiros), e que o folclore na Europa cresceu em torno deles, afirmando seu caráter especial [14].

Até o Extremo Oriente foi afetado pelas Têmporas. No século XVI, quando os missionários espanhóis e portugueses estabeleceram-se em Nagasaki, Japão, eles buscaram modos de fazer refeições saborosas sem carne para as Têmporas e começaram a fritar camarões. A ideia se popularizou entre os japoneses, que aplicaram o processo a um número de diferentes pratos do mar e vegetais. Eles chamam a esta deliciosa comida – já adivinharam? – de “tempurá”, em menção a Quatuor Tempora.



Têmporas agonizantes

Embora as Férias de Têmporas tenham permanecido estabelecidas no calendário universal como obrigatórias (assim como o jejum que as acompanha), sua influência irradiante sobre outras áreas da vida por fim diminuiu. No século XX, as ordenações já não eram exclusivamente programadas para os sábados das Têmporas e seu papel como “exames espirituais” foi gradualmente esquecido. Os textos do Vaticano II poderiam ter feito muito para renovar as Têmporas. A Constituição sobre a Sagrada Liturgia determina que os elementos litúrgicos “que sofreram os prejuízos dos tempos sejam agora restaurados conforme a antiga tradição dos Santos Padres” [“restituantur vero ad pristinam sanctorum Patrum normam nonnulla quae temporum iniuria deciderunt”] (50).

Mas, ao invés, o que veio foram as Normas Gerais para o Ano Litúrgico e o Calendário (1969) da Sagrada Congregação para o Culto Divino, onde lemos:

“Nas rogações e têmporas, a prática da Igreja é oferecer orações ao Senhor pelas necessidades de todo o povo, especialmente pela produtividade da terra e pelo trabalho humano, e lhe dar graças publicamente” (45).
“De modo a adaptar as rogações e as têmporas às várias regiões... as conferências dos bispos devem dispor o tempo e o modo de sua celebração” (46).

Felizmente, as Férias de Têmporas não seriam removidas do calendário, mas adaptadas pelas conferências nacionais de bispos. Havia, entretanto, várias falhas nesta disposição. Primeiro, a SCCD trata as Rogações e as Têmporas como sinônimos, o que – como dissemos num artigo anterior [15] – elas não são. As Têmporas não rezam, por exemplo, pela “produtividade da terra e pelo trabalho humano” no ocaso do inverno.

Segundo, ao pedir uma adaptação para as várias regiões, a SCCD permite que as Têmporas assumam um número indeterminado de significados que nada têm a ver com sua natureza, tais como “a paz, a unidade da Igreja, a propagação da fé, etc" [16]. Diferentemente do desenvolvimento orgânico das Férias de Têmporas, que preservou seu significado básico enquanto assumiu outros, a diretriz de 1969 não tem salvaguardas para prevenir os novos significados atribuídos de substituírem o propósito mais fundamental das Têmporas.

Terceiro, as conferências nacionais de bispos deveriam fixar as datas das Férias de Têmporas, mas nenhuma, pelo que posso dizer, jamais o fez.



Têmporas Mortas & Debates Vivos

Em consequência desta ambiguidade e falta de direção, as Férias de Têmporas desapareceram da celebração do Novus Ordo, e num dos piores momentos possíveis. Pois exatamente quando a Igreja estava deixando sua celebração litúrgica da natureza cair no esquecimento, o Ocidente estava se voltando freneticamente para a natureza.

Desde a publicação de O Príncipe de Maquiavel no século XVI, a sociedade moderna tem se dedicado a uma guerra tecnológica contra a natureza de modo a aumentar o domínio e o poder do homem. A natureza não era mais uma donzela a ser cortejada (como ela tinha sido pelos gregos, romanos e cristãos medievais); ela devia, agora, ser violentada, subjugada através dos avanços tecnológicos [17] mais impressionantes que fariam da humanidade, nas palavras frias de Freud, “um deus protético”.

Embora existam fortes reações contra esta nova atitude, a hostilidade moderna ao que foi dado por Deus apenas expandiu-se com o passar do tempo, evoluindo de uma guerra à natureza para uma guerra à natureza humana. Nossas preocupações atuais com a engenharia genética, “mudanças” de sexo e “casamento” entre pessoas do mesmo sexo – todas tentativas de redefinir e reconfigurar a natureza – são exemplos desta escalada em curso.

O movimento ambientalista que começou na década de 1960 ajudou a trazer à luz as retribuições da brutalmente explorada natureza, e assim temos hoje um renovado apreço pelas virtudes do manejo responsável e pelas maravilhas da terra verde, mas frágil, de Deus. Mas este mesmo movimento, que serviu de muitas formas como um renascimento saudável, é temperado de absurdos. Geralmente os mesmos ativistas que defendem girinos em perigo advogam a aniquilação de bebês não-nascidos. Recentemente, após aprovar suas leis abortistas, o governo socialista da Espanha introduziu uma legislação para garantir aos chimpanzés direitos legais de modo a “preservar as espécies da extinção” – isto num país sem nenhuma população nativa de macacos [18].

O ambientalismo contemporâneo é também, por vezes, panteísta em suas convicções, tendo como resultado que para muitos ele torna-se uma religião em si mesmo. Esta nova religião vem completa com seus próprios sacerdotes (climatologistas), seus próprios evangelhos (dados sacrossantos sobre o aumento das temperaturas e o afundamento das geleiras), seus próprios profetas (Al Gore, que infelizmente continua bem recebido em sua própria terra) e, mais que tudo, seu próprio apocalipsismo, com os quatro cavaleiros do desmatamento, aquecimento global, diminuição da camada de ozônio e combustíveis fósseis, todos conduzindo-nos a um Apocalipse mais apavorante para a mente secular do que os Quatro Novíssimos [19].



Conclusão

Meu objetivo não é negar a validade destas preocupações, mas lamentar a estrutura neopagã em que elas são colocadas muito frequentemente. O homem moderno é tão caótico que, quando finalmente redescobre um amor pela natureza, ele o faz de uma maneira bem antinatural. Tanto a antiga antipatia à natureza como a atual idolatria dela têm uma urgente necessidade de correção, uma correção que a Igreja está bem preparada para providenciar. Como Chesterton gracejava, os cristãos podem amar verdadeiramente a natureza porque eles não a adorarão.

A Igreja proclama a bondade da natureza porque ela foi criada por um Deus bom e amoroso e porque ele reflete sacramentalmente a grandeza da bondade e do amor de Deus. A Igreja faz isto liturgicamente com sua observância das “Quatro Estações”, as Quatro-Têmporas. Celebrar as Férias de Têmporas, obviamente, não provê soluções prontas para as complicadas dificuldades ecológicas do mundo, mas é um bom curso de atualização sobre os primeiros princípios básicos. As Férias de Têmporas oferecem uma alternativa inteligente ao ambientalismo panteísta, e fazem isto sem serem artificiais ou lenientes, como um novo “Dia da Terra” católico ou algo indubitavelmente parecido com isso.

É uma lástima a Igreja inconscientemente ter deixado o brilho das Quatro-Têmporas morrer no exato momento da história em que seu testemunho era mais necessário, mas é uma grande bênção que o Summorum Pontificum tenha tornado a sua celebração universalmente acessível mais uma vez. Resta uma nova geração assumir sua prática com um revigorado apreço pelo que elas significam. Ao menos, então, saberemos porque estamos tão furiosos.


Chamado à oração e ao jejum
Em 2012, as datas de Quatro-Têmporas são as seguintes:
  1. QUATRO-TÊMPORAS DA QUARESMA: 29 de fevereiro, 02 e 03 de março;
  2. QUATRO-TÊMPORAS DE PENTECOSTES: 30 de maio, 01 e 02 de junho;
  3. QUATRO-TÊMPORAS DE SETEMBRO: 19, 21 e 22 de setembro;
  4. QUATRO-TÊMPORAS DO ADVENTO: 19, 21 e 22 de dezembro.
Que todos os católicos se unam para observar o jejum tradicional de Têmporas nestes três dias para:
1.       rezar pelo bem-estar do Santo Padre;
2.      agradecer a Deus onipotente pelo Motu Proprio Summorum Pontificum; e
3.      rezar pela completa implantação da Missa de Sempre em todas as Paróquias ao redor do mundo.



Michael P. Foley é professor adjunto de patrística na Universidade de Baylor. É autor de Wedding Rites: A Complete Guide to Traditional Music, Vows, Ceremonies, Blessings, and Interfaith Services (Eerdmans) e Why Do Catholics Eat Fish on Friday? The Catholic Origin to Just About Everything (Palgrave Macmillan).

NOTA: Este artigo foi publicado na edição do outono de 2008 de The Latin Mass Magazine, vol. 17:4; a publicação web pelo RORATE CÆLI foi autorizada pelo autor e pelo periódico. As imagens se referem à Primeira e à Segunda Leituras e ao Evangelho do Sábado das Quatro-Têmporas de Setembro: na primeira imagem, Aarão e Moisés oferecem um holocausto ao Senhor.

[1].Oficialmente, elas caem na primeira semana após a semana da Festa da Santa Cruz (14 de setembro) [é também a semana que se segue ao 3º domingo de setembro, n.d.t.].
[2]. Outra teoria é a de que “Ember” vem do inglês arcaico “ymbren”, que quer dizer “tempo” ou “estação”.
[3]. A única razão apresentada pela Didache é mais polêmica: os cristãos jejuam em dias diferentes [dos estabelecidos pela tradição judaica, n.d.t.] a fim de se diferenciarem dos “hipócritas” i.e., os fariseus (8.1).
[4]. Cf. Francis X. Weiser, Manual de Festas e Costumes Cristãos (New York: Harcourt, 1958), 31-32.
[5]. Weiser reivindica, entretanto, que o jejum ou abstinência voluntários às quartas-feiras ainda estavam vivos em algumas áreas onde ele estava escrevendo (1958). Com certeza, o outro remanescente do jejum semanal é a abstinência de carne às sextas-feiras.
[6]. Tecnicamente, nem o jejum judaico era parte da Lei Mosaica, embora ambos fizessem, por assim dizer, parte do modo mosaico de vida.
[7]. Extraído de uma oração de Santo Tomás de Aquino.
[8]. Cf. meu artigo, “As Rogações”, TLM 17:2 (Primavera de 2008), pp. 36-39.
[9]. Jacopo de Voragine, “As Férias de Têmporas”, em As Grandes Legendas.
[10]. Cf. Michael P. Foley, Por que os católicos comem peixe às sextas-feiras? A origem católica de quase tudo (New York: Palgrave Macmillan, 2005), 148-49.
[11]. Os medievais chamavam este de jejunium exultationis — o jejum de exultação.
[12]. Há leituras relevantes do Antigo Testamento e da Epístola aos Hebreus que são usadas todo o ano tanto no Missal de 1962 como no Lecionário de 1970, mas as Quatro-Têmporas de Setembro é o único tempo em que estas leituras são usadas de forma a coincidirem com os festivais de outono [no Hemisfério Norte, n.d.t.] de Sukkot e de Yom Kippur. De novo, vemos o princípio do cumprimento em vez da abolição liturgicamente promulgada.
[13]. Cf. A Grande Legenda, Volume 1, “As Férias de Têmporas.”
[14]. Na Idade Média, as Férias de Têmporas eram guardadas como feriados de preceito, com descanso do trabalho e atos de caridade especiais pelos pobres, tais como alimentá-los e dar-lhes banhos. Também havia uma velha superstição de que as almas do Purgatório eram temporariamente liberadas de sua condição a fim de agradecer a seus parentes pelas orações e implorar-lhes por mais preces.
[15]. Cf. meu artigo, “As Rogações,” TLM 17:2 (Primavera de 2008), pp. 36-39.
[16]. Resposta à pergunta “Por que as Férias de Rogações e de Têmporas deveriam ser celebradas?”
(http://www.catholicculture.org/library/view.cfm?recnum=5932, retrieved 2/20/08).
[17]. Cf. O Príncipe, cap. 25.
[18]. “Espanha a Reconhecer os Direitos dos Macacos?” Catholic World News, 27/06/08,
http://www.cwnews.com/news/viewstory.cfm?recnum=59360.
[19]. Isto não é uma paródia. Cf. Peter Montague, “Os Quatro Cavaleiros — Parte 1,” O Meio-Ambiente de Rachel & Saúde Semanal, #471, 12/07/95 (http://www.ejnet.org/rachel/rehw471.htm).

Tradução: Marcel Ozuna (Introdução, “Chamado à oração e ao jejum”, Notas e Referências) e Blog Oblatvs (demais tópicos, com adaptações).

19 de mar. de 2012

Missa em honra a São José, hoje, às 17 horas


Prezados amigos,
Salve Maria!

Hoje, 19 de março, a Igreja celebra a festa de São José, castíssimo esposo de Maria Virgem, patrono da Santa Igreja. Às 17 horas, será celebrada em sua honra, Missa Solene na Paróquia São Sebastião, no rito tridentino.

Sancte Joseph, protector sanctae Ecclesiae, ora pro nobis.
[São José, protetor da Santa Igreja, rogai por nós.]

In Christe Fide,
Sacerdos
+ + +

Ladainha de São José  




Kýrie, eléison.
Christe, eléison.
 
Kýrie, eléison.

Christe, audi nos.
Christe, exáudi nos
.

Pater de cælis, Deus,
miserére nobis.
Fili, Redémptor mundi, Deus,

miserére nobis.
Spíritus Sancte, Deus,
miserére nobis.
Sancta Trínitas, unus Deus,
miserére nobis.



Sancta Maria, ora pro nobis.
Sancte Joseph,
Proles David ínclyta,
Lumen Patriarchárum,
Dei Genitrícis sponse,
Custos pudíce Vírginis,
Filii Dei nutrítie,
Christi defénsor sédule,
Almæ Famíliæ præses,
Joseph justíssime,
Joseph castíssime,
Joseph prudentíssime,
Joseph fortíssime,
Joseph oboedientíssime,
Joseph fidelíssime,
Spéculum patiéntiæ,
Amátor paupertátis,
Exémplar opíficum,
Domésticæ vitæ decus,
Custos vírginum,
Familiárum cólumen,
Solátium miserórum,
Spes ægrotántium,
Patróne moriéntium,
Terror dæmonum,
Protéctor sanctæ Ecclésiæ,

Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi,
parce nobis, Dómine. 

Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi,
exáudi nos, Dómine.
Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi,
miserére nobis.




V. Constítuit eum dóminum domus suæ,
R. Et príncipem omnis possessiónis suæ.

Orémus.
Deus, qui ineffábili providéntia beátum Joseph sanctíssimæ Genitrícis tuæ sponsum elígere dignátus es: præsta, quæsumus; ut, quem protectórem venerámur in terris, intercessórem habére mereámur in cælis: Qui vivis et regnas in sæcula sæculorum.

Amen.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.

Pai celeste que sois Deus,
tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus,
tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus,
tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.

Santa Maria, rogai por nós.
São José,
Ilustre filho de David,
Luz dos Patriarcas,
Esposo da Mãe de Deus,
Casto guarda da Virgem,
Sustentador do Filho de Deus,
Zeloso defensor de Jesus Cristo,
Chefe da Sagrada Família,
José justíssimo,
José castíssimo,
José prudentíssimo,
José fortíssimo,
José obedientíssimo,
José fidelíssimo,
Espelho de paciência,
Amante da pobreza,
Modelo dos operários,
Honra da vida de família,
Guarda das Virgens,
Sustentáculo das famílias,
Alívio dos miseráveis,
Esperança dos doentes,
Patrono dos moribundos,
Terror dos demônios,
Protetor da Santa Igreja,

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,
tende piedade de nós.

V. Ele constituiu-o Senhor da Sua casa,
R. E fê-lo príncipe de todos os Seus bens.

Oremos.
Ó Deus, que por inefável Providência Vos dignastes escolher a S. José por esposo da Vossa Mãe Santíssima; concedei-nos, Vos pedimos, que mereçamos ter por intercessor no céu, o que veneramos na terra como protetor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos.

Amém.



2º Domingo da Quaresma: “Lembra-te, homem, que és pó, e que ao pó tu hás te tornar.”



Homilia da Missa do 2º Domingo da Quaresma

Pe. Marcelo Tenório

. Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum, benedicta tu in mulieribus, et benedictus fructus ventris tui Jesus.
. Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatoribus, nunc et in hora mortis nostrae. Amen.
. Ora pro nobis, Sancta Dei Genitrix.
. Ut digni efficiamur promissionibus Christi.

Estamos no 2º Domingo da Quaresma. Na Quarta-Feira de cinzas, a Igreja solenemente nos lembrava a grande e terrível verdade objetiva que paira sobre todos nós: “Memento homo...” “Lembra-te, homem, que és pó, e que ao pó tu hás te tornar.” A Igreja não nos diz: “Lembra-te, homem que sereis pó”, mas afirma: “Lembra-te que és pó.”

O padre Antonio Vieira, num dos seus sermões da Quaresma – o Sermão da Quarta-Feira de Cinzas – coloca isso bem claro para nós. É verdade que outros sermões do padre Antônio Vieira não eram tão ortodoxos assim, mas este sermão vale a pena ser lido. “Lembra-te que és pó e em pó te tornarás”, ou seja, já somos pó; a miséria nos atinge como um raio. Somos nada, pó, poeira que passa. Seremos o que já somos: pó, poeira... “Memento homo” – “Lembra-te, homem.”

O homem que busca “imortalizar-se” em suas obras, naquilo que constrói. Mas, o que encontramos nos sepulcros quando os abrimos? Pó, apenas pó. Reis e plebeus, simples e nobres, papas e imperadores... Ao abrimos os seus sepulcros, o que encontramos? Pó envolto em alguma seda já acabada pelo tempo, já de certa forma decomposta pelos vermes. Somos pastos de vermes. Parece-nos uma tragédia, uma lembrança terrível que nos poderia causar uma angústia espiritual, se entendermos este pó, este nada, para aquém daquilo ao qual, por graça, fomos chamados a ser.

Então, quando a Igreja lembra que o homem é pó, e que ele será pó, ela quer dizer que ele é, humanamente, apenas isso: pó. Se ele vive na carne, se ele se fixa na carne, aí está a sua tragédia. Será aquilo que já é: nada e pó.

Deus nos fez filhos no Filho. Deus nos deu a adoção, e nos convida a viver a vida no coração da Trindade. Então, mesmo que sejamos e que seremos pó, Deus é capaz de dizer a este pó: “Levanta-te!” No grego, o verbo que significa “ressurreição” é justamente o verbo “levantar-se”.

E, aqui, vemos o Evangelho da Transfiguração. Com Pedro, Tiago e João – somente os três – Nosso Senhor sobe a montanhaA montanha é o local no qual Deus se encontra, no qual Deus fala. E, diante desses três, Nosso Senhor se transfigura: torna-se reluzente, esplendoroso – o rasgão no véu do mistério – mostrando a Sua divindade. E aparecem Moisés e Elias. Por que Moisés e Elias? Em Elias, todos os Profetas; em Moisés, toda a Lei. Jesus é o centro da revelação: de um, lado Moisés; do outro, Elias; Jesus não está ao lado, mas ao centro. É a plenitude de toda a Revelação. E, nesta manifestação clara da Santíssima Trindade, o Espírito Santo é a nuvem que envolve a todos, e a voz que sai de dentro da nuvem é do Pai: “Este é meu filho amado no qual pus todo o meu afeto; escutai-O”.

Esta é justamente a grande mensagem para nós nesta Quaresma: Cristo deve ser escutado por nós. Esta é a vontade do Pai. E, durante estes rápidos momentos, os apóstolos puderam vislumbrar a Cristo na Sua glória. Por que vislumbrar Cristo na Sua glória? Por que a Santa Igreja coloca, no 2º Domingo da Quaresma, o Evangelho da Transfiguração? Porque é necessário ver Cristo glorificado. Ou, melhor: Deus quis transfigurar o Seu Cristo diante de Pedro, de Tiago e de João, para que, ao chegar o tempo das trevas, ao chegar o tempo do aparente fracasso do Filho do Homem, ao chegar o tempo da desilusão, os dias maus, eles pudessem se lembrar deste momento solene, e desta voz que afirma: “Este é Meu Filho amado, no qual coloquei toda a minha complacência; escutai-O.”

Assim é para nós. “Lembra-te de teu Criador antes que cheguem os dias maus”, dizem as Sagradas Escrituras no Antigo Testamento. Lembrar-se do Senhor, estar com o Senhor, viver com Ele, percebê-lO antes que cheguem os dias maus... Aqui está a mística da Transfiguração. Embora estejamos no tempo da Quaresma; embora arrojados no jejum, na oração e na esmola; embora sofrendo o peso e a dor humana, terrível, às vezes desoladora, da conversão dos costumes – porque a carne grita – não fiquemos olhando para a tragédia da nossa vida – a qual nos fala: “És pó e serás pó” – mas olhemos para a Transfiguração do Senhor, esta manifestação Trinitária. E é por esta Transfiguração de Cristo, por esta manifestação trinitária, que olhamos para o Crucificado, para o derrotado na Cruz, para o fracassado na Cruz, e compreendemos ali o aparente aniquilamento de um Deus que desce.

E se quisermos chegar lá no monte da Transfiguração, gozar da companhia de Cristo e de seus Santos, receber dEle todo este esplendor e toda esta glória, o caminho é por aqui: [n.d.t.: o padre apontou, neste instante, para o crucifixo do altar] passando pelo Calvário, passando pela Cruz, passando pelas ignomínias, sendo considerados malditos como Jesus foi considerado; e assim, sofrendo as Suas dores, recebendo a marca da Sua Paixão, unidos em Seus sofrimentos, chegaremos, por fim, àquilo que Deus deseja que cheguemos. Agarrados a Cristo no Seu sofrimento, e imitando as Suas dores, chegaremos também à Sua gloriosa ressurreição.

Homilia proferida em 4 de março de 2012.