TEMPO PER ANNUM - APÓS PENTECOSTES

(22 de maio a 26 de novembro de 2016)

Horários de Missa

CAMPO GRANDE/MS
Paróquia São Sebastião


DOMINGO
16:30h - Confissões
17h - Santa Missa

TERÇA A SEXTA-FEIRA
(exceto em feriados cívicos)
11h - Santa Missa

1º SÁBADO DO MÊS
16h - Santa Missa

Escreva para o blog:

missatridentina.psaosebastiao
@gmail.com

Marcadores

Arquivo

Nossa Sr.ª das Graças


Ave Maria, gratia plena;
Dominus tecum:
benedicta tu in mulieribus,

et benedictus fructus
ventris tui Iesus.

Sancta Maria, Mater Dei
o
ra pro nobis peccatoribus,
nunc et in hora
mortis nostrae.

Amen.

Nosso Padroeiro


Sancte Sebastiáne,
ora pro nobis.

Papa Francisco


℣. Orémus pro Pontífice nostro Francísco.
℟. Dóminus consérvet eum, et vivíficet eum, et beátum fáciat eum in terra, et non tradat eum in ánimam inimicórum ejus.
℣. Tu es Petrus.
℟. Et super hanc petram ædificábo Ecclésiam meam.
℣. Oremus.
Deus, ómnium fidélium pastor et rector, fámulum tuum Francíscum, quem pastórem Ecclésiæ tuæ præésse voluísti, propítius réspice: † da ei, quǽsumus, verbo et exémplo, quibus præest, profícere: * ut ad vitam, una cum grege sibi crédito, pervéniat sempitérnam. Per Christum, Dóminum nostrum.
℟. Ámen.

Dom Dimas Barbosa


℣. Orémus pro Antístite nostro Dismas.
℟. Stet et pascat in fortitúdine tua Dómine, sublimitáte nóminis tui.
℣. Salvum fac servum tuum.
℟. Deus meus sperántem in te.
℣. Orémus.
Deus, ómnium fidélium pastor et rector, fámulum tuum Dismam, quem pastórem Ecclésiæ Campigrandénsis præésse voluísti, propítius réspice: † da ei, quǽsumus, verbo et exémplo, quibus præest, profícere: * ut ad vitam, una cum grege sibi crédito, pervéniat sempitérnam. Per Christum, Dóminum nostrum.
℟. Amen.

Pe. Marcelo Tenório


"Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, conservai os vossos sacerdotes sob a proteção do Vosso Coração amabilíssimo, onde nada de mal lhes possa suceder.

Conservai imaculadas as mãos ungidas, que tocam todos os dias vosso Corpo Santíssimo. Conservai puros os seus lábios, tintos pelo Vosso Sangue preciosíssimo. Conservai desapegados dos bens da terra os seus corações, que foram selados com o caráter firme do vosso glorioso sacerdócio.

Fazei-os crescer no amor e fidelidade para convosco e preservai-os do contágio do mundo.

Dai-lhes também, juntamente com o poder que tem de transubstanciar o pão e o vinho em Corpo e Sangue, poder de transformar os corações dos homens.

Abençoai os seus trabalhos com copiosos frutos, e concedei-lhes um dia a coroa da vida eterna. Assim seja!
"

(Santa Teresinha do Menino Jesus)

Seguidores

Acessos

Tecnologia do Blogger.
31 de jan. de 2015

DOMINGO DA SEPTUAGÉSIMA 01/02/2015 - Leituras e Comentário ao Evangelho



DOMINGO DA SEPTUAGÉSIMA

2ª Classe - Paramentos Roxos

Para ler/baixar o Próprio desta Missa, clique aqui.

NOTAS: 
01. Neste Domingo (01 de fevereiro), como nas férias (terça a sexta) de fevereiro, não haverá Missa Tridentina. 
02. As Missas Tridentinas dominicais serão retomadas já no próximo domingo (08 de fevereiro). Já
03. As Missas feriais (de terça a sexta) retornarão apenas em março. Consequentemente, não haverá Missa Tridentina na Quarta-Feira de Cinzas, nem no primeiro sábado de fevereiro.

1ª Epístola de São Paulo Apóstolo aos Coríntios 9, 24-27 e 10, 1-5. 

Irmãos: Não sabeis que os que correm no estádio, todos correm, não há dúvida, mas um só é que alcança o prêmio? Correi, pois, de tal maneira que o alcanceis. Os atletas que combatem na arena, de tudo se abstêm: eles, para alcançar um coroa corruptível; nós, porém, incorruptível. Quanto a mim, corro, pois, mas não como à ventura; combato, mas não como quem esgrime no ar; ao contrário, castigo o meu corpo, e reduzo-o à escravidão, (para que) não suceda que, tendo pregado aos outros, eu mesmo venha a ser réprobo. Não quero, pois, irmãos, que vós ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e que todos passaram o mar, e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar, e todos comeram do mesmo alimento espiritual, e todos beberam da mesma bebida espiritual (porque bebiam todos de um rochedo espiritual, que os seguia – rochedo este que era Cristo). Todavia, Deus não se agradou de muitos deles.


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 20, 1-16. 

Naquele tempo: Disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: “O Reino dos céus é semelhante a um pai de família que, ao romper da manhã, saiu a contratar operários para a sua vinha. E, tendo ajustado com os operários um denário por dia, mandou-os para a sua vinha. Tendo novamente saído cerca da terceira hora, viu outros, que estavam na praça, ociosos. E disse-lhes: Ide vós também para minha vinha, eu dar-vos-ei o que for justo. E eles foram. Saiu outra vez cerca da hora sexta e da nona, e fez o mesmo. E, cerca da undécima, saiu ainda, e encontrou outros, que estavam de costas direitas, e disse-lhes: Por que estais aqui todo o dia ociosos? Eles responderam: Porque ninguém nos contratou. Ele disse-lhes: Ide vós também para a minha vinha. No fim da tarde, o senhor disse da vinha ao seu mordomo: Chama os operários, e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até os primeiros. Tendo chegado, pois, os que tinham ido cerca da hora undécima, cada um recebeu um denário. E, chegando também os que tinham ido primeiro, julgaram que haviam de receber mais; porém, também eles receberam um denário cada um. Ao receberem, murmuravam contra o pai de família, dizendo: Estes últimos trabalharam só uma hora, e pagaste-lhes o mesmo que nós, que suportamos o peso do dia e o calor. Ele, porém, respondendo a um deles, disse: Amigo, eu não te faço injustiça; não ajustaste tu comigo um denário? Toma o que é teu, e vai-te; que eu quero dar também a este último tanto quanto a ti. Ou não me é lícito fazer o que quero do que é meu?! Porventura és tu invejoso, porque eu sou bom? É assim que os primeiros serão os últimos, e os últimos primeiros. De fato são muitos os chamados, e poucos os escolhidos.”


Traduções das leituras extraídas do Missal Quotidiano por Pe. Gaspar Lefebvre OSB (beneditino da Abadia de Santo André) – Bruges, Bélgica: Biblica, 1963 (com adaptações).


Comentário ao Evangelho do dia:
 São Máximo de Turim (desc. – aprox. 420), bispo
Sermão nº 65


Comentário ao Evangelho do dia
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja
Diatessaron, 15, 15-17
(disponível no site Evangelho Quotidiano, apud Per Ipsum)

“Não me será permitido dispor dos meus bens como me aprouver?”

Aqueles homens estavam dispostos a trabalhar, mas “ninguém os contratou”; eles eram trabalhadores, mas ociosos por falta de trabalho e de patrão. Em seguida, uma voz contratou-os, uma palavra pô-los a caminho e, no seu zelo, não combinaram antecipadamente qual o preço do seu trabalho, como os primeiros. O patrão avaliou os seus trabalhos com sabedoria e pagou-lhes tanto como aos outros. Nosso Senhor disse esta parábola para que ninguém dissesse: “Uma vez que não fui chamado na juventude, não posso ser recebido”. Mostrou que, seja qual for o momento da sua conversão, todo o homem é acolhido... “Ele saiu pela manhã, pela terceira hora, pela hora sexta, pela hora nona e pela hora undécima”: pode-se compreender isso desde o início da sua pregação, ao longo da sua vida até à cruz, porque foi “à hora undécima” que o ladrão entrou no Paraíso. Para que não se incrimine o ladrão, nosso Senhor afirma a sua boa vontade; se tivesse sido contratado, teria trabalhado: “Ninguém nos contratou”.

O que damos a Deus é bem digno dele e o que ele nos dá bem superior a nós. Contratam-nos para um trabalho proporcional às nossas forças, mas propõem-nos um salário superior ao que o nosso trabalho merece... Ele age do mesmo modo para com os primeiros e para com os últimos; “recebeu cada um uma moeda” com a imagem do Rei. Tudo isso significa o pão da vida (Jo 6,35) que é o mesmo para todos os homens; único é o remédio de vida para aqueles que o tomam.

No trabalho da vinha, não se pode acusar o patrão pela sua bondade, e não se encontra nada a dizer acerca da sua retidão. Na sua retidão, ele deu como havia combinado, e mostrou-se misericordioso como quis. É para ensinar isto que nosso Senhor disse esta parábola, e resumiu tudo isto nestas palavras: “Não me é permitido fazer o que quero na minha casa?”

Santo do Dia - Sábado, 31/01/2015


SÃO JOÃO BOSCO
(31 de janeiro)

São João Bosco quando sacerdote e jovem.

“No decorrer do século XIX, quando por toda a parte chegavam à maturação os venenosos frutos de destruição da sociedade cristã, cujos germes haviam sido tão largamente disseminados pelo século anterior, a Igreja, principalmente na Itália, viu-se à mercê de muitas procelas contra si levantadas, nesses tristes tempos, pela maldade dos homens. Contemporaneamente, porém, a misericórdia divina enviou, para auxílio de sua Igreja, válidos campeões, para que evitassem a ruína e conservassem entre o nosso povo a mais preciosa das heranças recebidas dos Apóstolos – a fé genuína de Cristo. (...) Sobressai entre os demais, por elevação e espírito de grandeza de obras, o Bem-Aventurado João Bosco que, no tristíssimo evoluir dos tempos se constituiu, durante o século passado, qual marco miliário apontando aos povos o caminho da salvação. Porquanto, ‘Deus o suscitou para justiça’, segundo a expressão de Isaías, e ‘dirigiu todos os seus passos’. E, na verdade, o Bem-aventurado João Bosco, por virtude do Espírito Santo, resplandeceu diante de nós como modelo de sacerdote feito segundo o coração de Deus, como educador inigualável da juventude, como fundador de novas famílias religiosas e como propagador da fé.” (Trecho do Decreto de Canonização de São João Bosco, 1934)

São João Bosco nasceu em Castelnuovo d'Asti, Piemonte, Itália, a 16 de Agosto de 1815, numa família de camponeses pobres. Desde pequeno sentiu-se chamado a dedicar a sua vida aos jovens, mas para realizar o seu sonho teve de vencer numerosas dificuldades e sujeitar-se a grandes privações e sacrifícios. Órfão de pai aos dois anos, viveu a sua infância e juventude enfrentando várias dificuldades e desafios. Desde os mais tenros anos sentiu-se impelido para o apostolado entre os companheiros. A sua mãe, sem instrução literária, mas rica de sabedoria cristã, com a palavra e com o exemplo animava-o no seu desejo de crescer virtuoso aos olhos de Deus e dos homens.

Mesmo diante de todas as dificuldades, João Bosco nunca desistiu. Durante um tempo foi obrigado a mendigar para manter os estudos. Prestou toda a espécie de serviços. Foi alfaiate, sapateiro, ferreiro, carpinteiro e, ainda nos tempos livres, estudava música. Em 1835 entrou para o seminário de Chieri vindo a receber a ordenação sacerdotal a 5 de junho de 1841. Começou então a dar provas do seu zelo apostólico, sob a direção de S. José Cafasso, seu diretor espiritual. No dia 8 de dezembro desse mesmo ano, iniciou o seu apostolado juvenil em Turim, num encontro com um rapaz chamado Bartolomeu Garelli. Começava assim a obra dos Oratórios Festivos, destinada, em tempos difíceis, a preservar da ignorância religiosa e da corrupção, especialmente os jovens marginalizados e em perigo.

Em 1846 estabeleceu-se definitivamente em Valdocco, bairro de Turim, onde fundou o Oratório de São Francisco de Sales. Deu-se logo conta de que todo o bem que fazia por seus meninos, se perdia com as más influências do exterior, e decidiu construir suas próprias oficinas de aprendizes. As duas primeiras foram inauguradas em 1853. Em 1855 deu o nome de Salesianos aos seus colaboradores. Em 1856, havia já 150 internos, quatro oficinas, uma imprensa, quatro salas de latim e dez sacerdotes. Os externos eram 500.

Em dezembro de 1859, Dom Bosco e seus 22 companheiros decidiram finalmente organizar a congregação, cujas regras tinham sido aprovadas por Pio IX. Mas a aprovação definitiva não chegou senão 15 anos depois. O fundador deu a esta Congregação Religiosa o nome de “Sociedade de São Francisco de Sales” porque a espiritualidade deste santo (já comemorado este mês) devia inspirar um estilo educativo que denominou “Sistema Preventivo”. Para distinguir esta Congregação de outros institutos inspirados também em São Francisco de Sales mas não fundados por São João Bosco, os membros deste Instituto recebem a sigla de S.D.B. (Salesianos de Dom Bosco).

A ordem cresceu rapidamente: em 1863 havia 39 salesianos, à morte do fundador (1888) eram já 768. O seguinte passo de Dom Bosco foi a fundação de uma congregação feminina. A 5 de Agosto de 1872, São João Bosco, com outra Santa, Maria Domingas Mazzarello, fundou as Filhas de Maria Auxiliadora (F.M.A) para a educação e promoção das moças.  27 candidatas tomaram então o hábito. Dom Bosco também obteve o feito de enviar seus primeiros missionários à América do Sul em 1875, precisamente para a região da Patagônia, Argentina. Pouco a pouco os salesianos se espalharam por toda a América do Sul. Tinham 36 casas no Novo Mundo e 38 na Europa.

Consumido pelo trabalho, fechou o ciclo da sua vida terrena aos 72 anos de idade, a 31 de janeiro de 1888, deixando a Congregação Salesiana espalhada por diversos países da Europa e da América. Se em vida foi honrado e admirado, muito mais o foi depois da morte. A sua reputação de taumaturgo, de renovador do Sistema Preventivo na educação da juventude, de defensor intrépido da Igreja Católica (chegou a ter sonhos proféticos que apontavam para vicissitudes na propagação da fé e da sã doutrina) e grande apóstolo da Virgem Auxiliadora espalhou-se pelo mundo inteiro e ganhou o coração dos povos. Pio XI, que o conheceu e gozou da sua amizade, canonizou-o na Páscoa de 1934.

(com informações da Página Oriente, da Agência
ACI e da Agência Ecclesia de Portugal)

30 de jan. de 2015

Santa do Dia - Sexta-Feira, 30/01/2015


SANTA MARTINHA
(30 de janeiro)


Esta célebre Santa, uma das padroeiras de Roma, era de família distinta. O pai, três vezes eleito cônsul, era possuidor das mais belas virtudes e afortunado. Martinha recebeu uma educação esmerada, baseada nos princípios do Cristianismo, mas teve a infelicidade de perder bem cedo os pais. Inflamada de amor a Jesus Cristo, deu todos os bens aos pobres e fez voto de castidade.

Tinha o imperador Alexandre Severo (222-235) concebido o plano de exterminar os Galileus (assim alcunhava aos cristãos). Conhecendo a formosura, nobreza e bondade de Martinha, tudo fez para afastá-la da religião cristã, e chegou até a oferecer a dignidade de Imperatriz caso se decidisse sacrificar a Apolo. Martinha respondeu: “O meu sacrifício pertence a Deus imaculado; a Ele sacrificarei, para que confunda e aniquile a Apolo e, este deixe de perder almas”.  Alexandre Severo, interpretando esta resposta em seu favor, organizou uma grande festa no templo de Apolo, para onde levou Martinha, na presença dos sacerdotes e de muito povo. Os olhos de todos estavam dirigidos para a jovem que, no meio do grande silêncio que reinava, fez o sinal da cruz, elevou olhos e braços ao céu e disse em alta voz: “Ó Deus e meu Senhor! Ouvi esta minha súplica e fazei com que se despedace este ídolo cego e mudo, para que todos, imperador e povo, conheçam que só Vós sois o único Deus verdadeiro e que não é licito adorar senão a Vós!”  No mesmo instante a cidade inteira foi sacudida por um forte terremoto, a imagem de Apolo caiu do seu lugar; parte do templo ruiu por terra, sepultando nos escombros os sacerdotes e muita gente.

O imperador ordenou que Martinha fosse esbofeteada, flagelada e tivesse as carnes dilaceradas com torqueses. Os algozes, porém, não puderam cumprir a ordem, porque um Anjo de Deus defendia a donzela e esta, no meio dos maus tratos, entoava cânticos de louvor a Jesus Cristo e convidava os algozes a se converterem à religião de Jesus. Deus abençoou-lhes as palavras: oito algozes caíram de joelhos, pediram perdão à Mártir e confessaram em alta voz a fé em Jesus Cristo. O imperador, ainda mais enraivecido com este incidente, mandou levá-los todos ao cárcere, torturar barbaramente os oito algozes, os quais, por uma graça especial divina, ficando fiéis à fé, receberam a palma do martírio, pela decapitação.

No dia seguinte a “feiticeira” foi citada ao palácio do Imperador, que a recebeu com estas palavras: “Basta de embustes. Dize-me, para que eu saiba com quem estou tratando: Sacrificas aos deuses ou preferes aderir ao feiticeiro, ao Cristo?” Com santa indignação respondeu Martinha: “Não admito que insultes a meu Deus! Se queres aplicar-me novas torturas, aqui estou; não as temo, pois sei que Deus me dá força”. A resposta do imperador foi a condenação da Mártir a suplícios crudelíssimos e desumanos. Martinha, no meio das dores, glorificou a Deus e as feridas exalavam-lhe um suave perfume. Grande foi o espanto de Alexandre Severo ao ouvir, no dia seguinte, a notícia de que Martinha, que se achava no cárcere, estava perfeitamente curada das feridas, e não só isto: Os guardas viram, durante a noite, o cárcere iluminado por uma luz maravilhosa e ouviram, extasiados, cânticos celestiais.

O furor do imperador chegou ao extremo. Não mais senhor de sua paixão, condenou Martinha às feras no anfiteatro, e fez questão de achar-se entre os espectadores. Novo milagre. Martinha, de uma beleza sobrenatural encantadora, ajoelhada na “arena”, calma se achava à espera do leão. Este, o indômito rei do Saara, possante e belo em sua força, se anuncia com rugido aterrador e em dois saltos se acha ao lado da vítima. Como que, domado por uma força invisível, arroja-se aos pés de Martinha, manso como um cordeiro. De repente se levanta e, num salto medonho, transpõe a barreira, entrando no recinto dos espectadores, matando alguns deles. O pânico foi indescritível.

O imperador, longe de se convencer da intervenção divina na defesa da mártir, atribuiu o fato extraordinário às forças mágicas de Martinha, as quais, segundo sua opinião, teriam sua sede na rica cabeleira da Santa. Deu ordem para a rica cabeleira ser cortada imediatamente e a donzela, assim profanada, ser fechada no templo de Júpiter. Nos dois dias seguintes, Alexandre Severo, acompanhado de sacerdotes e muito povo, dirigiu-se ao templo. Não entrou, porém, porque teve a impressão de ouvir vozes masculinas e julgou que fossem os deuses, que se tivessem reunido para converter Martinha. Aberto o templo no terceiro dia, ao imperador apresentou-se um espetáculo estranho: Achavam-se derrubados ao chão todas as imagens dos deuses. Ao perguntar onde estava a estátua de Júpiter, Martinha respondeu sorrindo: “Tendo ele que dar satisfação a Cristo, porque não salvou estes doze ídolos? Meu Deus entregou-o aos demônios, que dele fizeram o que vedes”.

Fulo de raiva por este escárnio, Severo ordenou que se despejasse banha fervente sobre o corpo de Martinha e a entregassem às chamas. Veio, porém, uma grande chuva apagar a fogueira. Restava então só a morte pela espada. Martinha aceitou a sentença, com toda submissão e gratidão para com Deus. Espontaneamente ofereceu a cabeça ao algoz, que a fez entrar nas eternas núpcias do Senhor Jesus.

Os cristãos apoderaram-se às escondidas do corpo da Santa e sepultaram-no com todas as honras. As relíquias de Santa Martinha foram encontradas em 1634 e acham-se hoje na Igreja do mesmo nome, a qual se ergue perto do arco do triunfo de Severo.

(Texto extraído de “Na Luz Perpétua”, por Pe. J. B. Lehmann,
e disponível na Página Oriente, acréscimos a/c blog)

29 de jan. de 2015

Santo do Dia - Quinta-Feira, 29/01/2015



SÃO FRANCISCO DE SALES
(29 de janeiro)

 
São Francisco, o grande apóstolo do seu tempo, modelo perfeito de santidade, protótipo de Bispo e sacerdote, nasceu em 1567, no castelo de Sales, próximo a Aneci, na Savoia. Os pais eram de alta nobreza e muito religiosos. Antes do nascimento do filho já o tinham consagrado a Deus. A mãe, Francisca, pedira a Deus que antes a privasse do prazer de ser mãe do que permitir que desse à luz uma criança que tivesse a infelicidade de ser um inimigo do seu Criador. A condessa velou com o máximo cuidado pela educação do filho, que, apesar do nascimento prematuro e da constituição fraquíssima, se desenvolveu admiravelmente. O menino ia com ela à igreja, e pela palavra e exemplo, implantou ela no coração do filhinho profundo respeito à casa de Deus, amor à oração e ao culto divino. Frequentemente lhe fazia uma leitura da vida dos Santos, condimentando-a com instruções adequadas. Francisco devia acompanhá-la até nas visitas que fazia aos pobres e doentes e era ele quem dava as esmolas aos necessitados. Com uma docilidade admirável o menino aceitou as medidas educativas da mãe. De tenra idade ainda, já era amigo da oração, sincero no falar e agir, e compassivo com os que sofrem.

Tendo chegado o tempo do menino entregar-se aos estudos, houve divergência entre os pais. Enquanto a mãe, receosa de expor o filho a perigos espirituais, opinava dever ministrar-lhe o ensino em casa, e para este fim tratar professores particulares, o conde era de opinião que Francisco devia fazer os estudos num colégio no meio de companheiros da mesma idade. Bem sabia que o estímulo muito favorece o progresso nas ciências. Tendo seis anos, Francisco frequentou o colégio de Rocheville, e mais tarde o de Aneci. Os professores ficaram admirados do talento privilegiado do aluno. No meio dos trabalhos escolares, Francisco não se esquecia das práticas religiosas. Oração e leitura espiritual eram-lhe companheiros inseparáveis. Bastante preparado nas matérias propedêuticas, era da vontade do pai que Francisco seguisse para Paris, com o fim de completar os estudos. Diante da separação do filho, a condessa redobrou de esforços para confirmá-lo na prática das virtudes. Mais do que nunca lhe recomendou o amor de Deus, a oração, a fuga do pecado e das más ocasiões. Muitas vezes lhe dizia: “Meu filho, prefiro ver-te morto a saber um dia que cometeste um pecado mortal”.

Em companhia de um sacerdote, a quem o cuidado paternal o tinha confiado, foi Francisco para a Capital. Algum tempo estudou retórica e filosofia no Colégio dos Jesuítas. Mais tarde frequentou a academia, onde praticou os exercícios de equitação, esgrima e dança, exercícios estes que fazia não por inclinação, mas para obedecer à vontade do pai. Além disto dedicou-se ao estudo das línguas orientais e da teologia. Terminados os cursos em Paris, por ordem do pai seguiu para Pádua, onde devia ainda estudar direito civil e eclesiástico. Em todos os lugares Francisco se distinguiu vantajosamente entre os companheiros e embora, de gênio forte e impetuoso, para todos era modelo de virtude. Para se conservar no meio de tantos perigos o jovem estudante recebia semanalmente a santa Comunhão e em Paris, na igreja de Santo Estevão, fez, em honra de Nossa Senhora, o voto de castidade perpétua. Este mesmo voto mais tarde ele o renovou no Santuário de Loreto e guardou-o fielmente até o fim da vida. Sem que o soubesse, aconteceu certa vez, que se encontrasse na casa de uma pecadora. Mal, porém, percebeu quais eram as intenções da mulher, cuspiu-lhe na cara e fugiu.

Não com tanta facilidade pôde desvencilhar-se das tentações com que o demônio o atormentava. A paz que até então o acompanhara deu lugar à tristeza, a uma aridez quase insuportável. Por fim martirizou-o a idéia de estar abandonando Deus, de não poder salvar uma só alma. As orações, mortificações e práticas de piedade figuravam-se-lhe meros recursos de hipocrisia e de nenhum  valor. Estes tormentos interiores influíram-lhe desfavoravelmente na saúde. Perdeu o apetite, a boa disposição, o sono e o bom humor. Por entre lágrimas e suspiros queixou-se a Deus de sua triste sorte. (...)

Também esta tempestade passou e Deus se dignou de livrar seu servo do pesadelo, que o oprimia. Um dia Francisco entrou numa igreja, onde avistou uma imagem de Nossa Senhora. Debaixo da imagem leu a oração de São Bernardo: “Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria,...”. Estas palavras foram-lhe um bálsamo para o coração. Prostrado de joelhos, recitou com muito fervor a mesma oração, renovou o voto de castidade (...) Feita esta oração, Francisco entregou-se sossegadamente à Divina Providência, e desde aquele dia, cessaram as insídias e perturbações diabólicas e tornou a voltar-lhe a paz e tranqüilidade, e com ela a saúde do corpo. Grato a Maria Santíssima, o Santo devotou-lhe ainda mais amor e não cessou de proclamar-lhe a grandeza, o poder e misericórdia.

Por vontade do pai, Francisco, terminado os estudos, voltaria para a terra natal, assumiria o cargo de senador de Chambery e unir-se-ia em casamento a uma fidalga da casa de Savoia.  Francisco manifestou então o desejo de ordenar-se, resolução para a qual solicitou o consentimento dos pais. Conseguiu-o com muita dificuldade e depois de longa resistência. O Bispo Cláudio, de Genebra, administrou-lhe o sacramento da Ordem e do Papa recebeu a nomeação de preboste (cargo similar ao Vigário Geral do Bispo) da Igreja de Genebra.

Incumbido pelo Prelado da pregação de missões nas regiões do bispado, onde a heresia calvinista conseguira tomar pé, o neoprebístero dedicou-se à obra com todo o ardor. Incalculáveis eram os sacrifícios, perigos, até perseguições que encontrou no desempenho desta missão. Os hereges, vendo-se atacados com vigor, votaram ódio ao missionário e planejaram-lhe a morte. Deus, porém, protegeu seu ministro e este levou a obra da conversão dos hereges para dentro da cidade de Genebra. Corajosamente se dirigiu ao chefe do Calvinismo Beza convidando-o a abjurar o erro. Beza convenceu-se da verdade da Igreja Católica, mas não se animou a voltar para a casa paterna. Melhor resultado teve em outros lugares. Setenta e dois mil calvinistas abandonaram a seita e voltaram para o seio da Igreja Católica.

Pela morte do Bispo Cláudio, a administração da diocese passou para Francisco. A nova dignidade fez ressaltar ainda mais as virtudes do jovem Prelado. Impelido por um zelo verdadeiramente apostólico, Francisco visitou a pé toda a diocese, visto que o Conselho da cidade tinha-lhe cortado todas as subvenções. Aos fiéis exortava à perseverança e a prática do bem; aos hereges com paciência e mansidão, mostrava-lhes os erros, e em toda a parte estabelecia o culto da Igreja Católica. Mais de uma vez convidou os mais eminentes oradores do Calvinismo para uma discussão pública; porém nenhum deles teve a coragem de medir-se com o Bispo católico, conhecendo-lhe a força de argumentação.

Nas horas vagas escreveu belíssimos livros religiosos, que têm sido e até hoje são muito apreciados. Fundou, junto com Santa Joana Francisca de Chantal, a Ordem da Visitação de Nossa Senhora, uma Ordem religiosa feminina contemplativa, que teve a aprovação apostólica e grata aceitação achou entre o povo católico.

Durante vinte anos tinha dirigido os destinos da diocese, e grandes foram os merecimentos de sua hábil e prudente administração, quando Deus houve por bem chamar o fiel servo à eterna recompensa. Negócios urgentes requereram a presença do Bispo em Lyon, durante os dias de Natal, quando lhe sobreveio uma grave doença. Teve uma congestão cerebral, que lhe paralisou os membros, menos a língua. Entre os primeiros que o visitaram, achavam-se os Padres Jesuítas, aos quais disse: “Estais me vendo num estado, em que de nada preciso, a não ser da misericórdia divina. Peço que m’a alcanceis pela vossa oração”. Perguntado por um deles se estaria pronto a sujeitar-se à vontade de Deus, se ele lhe determinasse a morte, respondeu: “É bom esperar no Senhor: Para mim aquela hora é como qualquer outra. Deus é o Senhor. Que Ele de mim faça o que bem parecer. Nunca tive vontade diferente da sua”. Dito isto, fez a profissão da fé, na presença de muitas pessoas, para assim testemunhar, que sempre viveu na fé católica e nela queria morrer. Os santos Sacramentos recebeu-os com muita devoção. Durante os dias da doença permaneceu em contínua oração. (...) Quando entrou em agonia, os circunstantes, de joelhos, rezaram a ladainha de Todos os Santos. À invocação: “Santos Inocentes, rogai por ele”, Francisco exalou sua bela alma. Era o dia 28 de dezembro de 1622. O Santo tinha chegado à idade de 56 anos.

O coração do santo Bispo foi solenemente transportado para o convento da Visitação em Lyon; o corpo descansa no convento da mesma Congregação em Aneci. Os milagres com que Deus glorificou o túmulo do seu servo, são numerosos. O próprio Papa Alexandre VII, que em 1665 inseriu o nome de Francisco no catálogo dos Santos, por intercessão do mesmo ficou livre de um mal incurável. A bula da canonização enumera, entre os milagres provados e documentados, a cura de um cego de nascimento, de quatro paralíticos e a ressurreição de dois mortos. Em 1923 foi declarado Doutor da Igreja e Padroeiro da Imprensa e dos jornalistas católicos.

No Calendário Litúrgico antigo, é comemorado a 29 de janeiro, um dia depois da data de sua morte.

(Texto extraído de “Na Luz Perpétua”, por Pe. J. B. Lehmann,
e disponível na Página Oriente, acréscimos a/c blog)