TEMPO PER ANNUM - APÓS PENTECOSTES

(22 de maio a 26 de novembro de 2016)

Horários de Missa

CAMPO GRANDE/MS
Paróquia São Sebastião


DOMINGO
16:30h - Confissões
17h - Santa Missa

TERÇA A SEXTA-FEIRA
(exceto em feriados cívicos)
11h - Santa Missa

1º SÁBADO DO MÊS
16h - Santa Missa

Escreva para o blog:

missatridentina.psaosebastiao
@gmail.com

Marcadores

Arquivo

Nossa Sr.ª das Graças


Ave Maria, gratia plena;
Dominus tecum:
benedicta tu in mulieribus,

et benedictus fructus
ventris tui Iesus.

Sancta Maria, Mater Dei
o
ra pro nobis peccatoribus,
nunc et in hora
mortis nostrae.

Amen.

Nosso Padroeiro


Sancte Sebastiáne,
ora pro nobis.

Papa Francisco


℣. Orémus pro Pontífice nostro Francísco.
℟. Dóminus consérvet eum, et vivíficet eum, et beátum fáciat eum in terra, et non tradat eum in ánimam inimicórum ejus.
℣. Tu es Petrus.
℟. Et super hanc petram ædificábo Ecclésiam meam.
℣. Oremus.
Deus, ómnium fidélium pastor et rector, fámulum tuum Francíscum, quem pastórem Ecclésiæ tuæ præésse voluísti, propítius réspice: † da ei, quǽsumus, verbo et exémplo, quibus præest, profícere: * ut ad vitam, una cum grege sibi crédito, pervéniat sempitérnam. Per Christum, Dóminum nostrum.
℟. Ámen.

Dom Dimas Barbosa


℣. Orémus pro Antístite nostro Dismas.
℟. Stet et pascat in fortitúdine tua Dómine, sublimitáte nóminis tui.
℣. Salvum fac servum tuum.
℟. Deus meus sperántem in te.
℣. Orémus.
Deus, ómnium fidélium pastor et rector, fámulum tuum Dismam, quem pastórem Ecclésiæ Campigrandénsis præésse voluísti, propítius réspice: † da ei, quǽsumus, verbo et exémplo, quibus præest, profícere: * ut ad vitam, una cum grege sibi crédito, pervéniat sempitérnam. Per Christum, Dóminum nostrum.
℟. Amen.

Pe. Marcelo Tenório


"Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, conservai os vossos sacerdotes sob a proteção do Vosso Coração amabilíssimo, onde nada de mal lhes possa suceder.

Conservai imaculadas as mãos ungidas, que tocam todos os dias vosso Corpo Santíssimo. Conservai puros os seus lábios, tintos pelo Vosso Sangue preciosíssimo. Conservai desapegados dos bens da terra os seus corações, que foram selados com o caráter firme do vosso glorioso sacerdócio.

Fazei-os crescer no amor e fidelidade para convosco e preservai-os do contágio do mundo.

Dai-lhes também, juntamente com o poder que tem de transubstanciar o pão e o vinho em Corpo e Sangue, poder de transformar os corações dos homens.

Abençoai os seus trabalhos com copiosos frutos, e concedei-lhes um dia a coroa da vida eterna. Assim seja!
"

(Santa Teresinha do Menino Jesus)

Seguidores

Acessos

Tecnologia do Blogger.
30 de nov. de 2012

Sábado, 01/12/2012: Leituras e Comentário ao Evangelho


(atualizado em 01/12/2012)

MISSA DE NOSSA SENHORA NO SÁBADO

Paramentos Brancos


Epístola extraída do Livro de Isaías 7, 10-15.

Naqueles dias: O Senhor falou a Acaz, dizendo: “Pede ao Senhor, teu Deus, um sinal, seja ele nas profundezas da terra, seja nas alturas do céu”. Acaz, porém, respondeu: “Não pedirei tal, pois não porei Deus à prova”. Isaías, então, proclamou: “Visto isso, escuta, ó Casa de David: Porventura não vos basta cansar a paciência dos homens, senão que também cansais a do meu Deus? É o próprio Senhor que vos vai dar um sinal: Uma virgem conceberá e dará à luz um filho, cujo nome será Emanuel. Alimentar-se-á de manteiga e mel, até [a idade de] saber rejeitar o mal e escolher o bem”.


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 1, 26-38.

Naquele tempo: Foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um varão, que se chamava José, da casa de Davi; e o nome da Virgem era Maria. Entrando, pois, o anjo, onde ela estava, disse-lhe: “Deus te salve, cheia de graça! O Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres!” Ela, ao ouvir isto, ficou perturbada com tais palavras, e interrogava-se sobre o significado de tal saudação. Disse-lhe, então, o anjo: “Não receies, Maria, pois achaste graça diante de Deus: Eis que vais conceber e dar à luz um Filho, a Quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, e chamar-se-á Filho do Altíssimo; o Senhor Deus dar-Lhe-á o trono de Davi,seu pai: reinará, por todo o sempre, na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.” Maria, por seu lado, disse ao anjo: “Como acontecerá isso, uma vez que eu estou na decisão de não conhecer homem?” O anjo respondeu-lhe, dizendo: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo proteger-te-á com a sua sombra: É por isso que o Santo que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus! Demais, eis que Isabel, tua parente, acaba de conceber um filho na sua velhice, sendo este o seu sexto mês – ela que era julgada estéril: porque a Deus nada é impossível!” Maria, então, exclamou: “Eu sou a escrava do Senhor: faça-se em mim segundo a tua palavra!”



Traduções das leituras extraídas do Missal Quotidiano por Pe. Gaspar Lefebvre OSB (beneditino da Abadia de Santo André) – Bruges, Bélgica: Biblica, 1963 (com adaptações).




Comentário ao Evangelho do dia feito por

Pe. Tomás de Kempis (1379-1471), monge alemão

Imitação de Cristo – Livro Segundo: “Exortações à Vida Interior” – Capítulo 1, Itens 1-2a; 6b; 7a; 7d. (cópia extraída do site Cultura Brasil – acesso em 01/12/2012 às 15:50h)

Da vida interior

 “O reino de Deus está dentro de vós”
(Lc 17, 21), diz o Senhor. Converte-te a Deus de todo o coração, deixa este mundo miserável, e tua alma achará descanso. Aprende a desprezar as coisas exteriores e entrega-te às interiores, e verás chegar a ti o reino de Deus. Pois o reino de Deus é a paz e o gozo no Espírito Santo (Rom 14, 17), que não se dá aos ímpios.

Virá a ti Cristo para consolar-te, se lhe preparares no teu interior digna moradia. Toda a sua glória e formosura está no interior (cf. Sl 44, 14), e só aí o Senhor se compraz. A miúde visita ele o homem interior em doce entretenimento, suave consolação, grande paz e familiaridade sobremaneira admirável.

Eia, alma fiel, para este Esposo prepara teu coração, a fim de que se digne vir e morar em ti. Pois assim ele diz: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e viremos a ele e faremos nele a nossa morada” (Jo 14,23). (...) O amante de Jesus e da verdade, e o homem deveras espiritual e livre de afeições desordenadas, pode facilmente recolher-se em Deus, e, elevando-se em espírito, acima de si mesmo, fruir delicioso descanso. (...) O homem interior facilmente se recolhe, pois nunca se entrega de todo às coisas exteriores. (...) Se fosses reto e puro, tudo te correria bem e se voltaria em teu proveito. (...) Se renunciares às consolações exteriores, poderás contemplar as coisas do céu e gozar a miúdo da alegria interior.
 
29 de nov. de 2012

Programação para o Advento: Missas aos Sábados, às 21 horas

(copiado de post anterior, com adaptações alusivas ao ano de 2012) 

(NOTA: post corrigido em 02/12/2012)


Prezados amigos, 
Salve Maria!

O blog “Missa Tridentina na Paróquia São Sebastião” informa que durante o Advento, além da Missa Tradicional aos domingos e dias úteis (terça a sexta-feira), será celebrada Missa Tridentina aos sábados (01, 08 e 15/12), às 21 horas, na Paróquia São Sebastião. São as chamadas Missas Rorate

No dia 08 de dezembro, em virtude do preceito da Festa da Imaculada Conceição, será celebrada, além da Missa Rorate, a Missa da Imaculada Conceição às 17 horas.

No tempo do Advento, a Missa de Nossa Senhora no sábado é também conhecida como “Missa Rorate”, em virtude de, no começo desta Missa, o padre rezar o Intróito Rorate cæli*.

Uma característica marcante desta Missa é que ela é celebrada sempre à noite e no escuro, apenas à luz das velas no altar e noutros locais da Igreja.

Esta tradição da Missa Rorate vem de longa data, e faz-nos lembrar que, tal como Santa Maria fez o primeiro Advento em sua preparação para trazer Nosso Senhor ao mundo, também nós devemos, a exemplo da Santa Mãe de Deus, aproveitar o Tempo do Advento em preparação à chegada de Deus feito homem.





Créditos das Imagens: Galeria Picasa do Blog

_____________________
* O Introito é a oração que inicia a "Ante-Missa" (isto é, a parte da Missa em que são feitas as Leituras e a Homilia) e se segue logo após o Padre ter concluído as Orações ao pé do altar. Nas Missas cantadas, o Coral canta o Intróito enquanto o Padre faz estas orações iniciais, até o início da incensação do altar, quando então é cantado o Kyrie, eleison.

Bento XVI recebe a Comissão Ecclesia Dei

NOTA DO BLOG: A Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, citada na notícia a seguir, é o órgão vaticano responsável pelos clérigos e fiéis aderidos à Missa Tridentina em todo mundo.
 
Por ocasião da entrada em serviço de D. Guido Pozzo como Esmoler Pontifício, o Santo Padre recebeu, junto com o ex-Secretário da Comissão Ecclesia Dei, em 19 de novembro passado, todos os membros desta Comissão, agradeceu-lhes o trabalho por eles realizado, exprimiu a eles sua esperança e lhes assegurou suas fervorosas orações para o caminho em frente.


Na foto (© Osservatore Romano) e da esquerda para direita: Sra. Veronica Casillas, secretária de 1ª classe, Pe. Almir De Andrade FSSP, assistente técnico de 2ª classe da Comissão Ecclesia Dei, D. Patrick Descourtieux, assistente de secretaria de 1ª classe (ligeiramente atrás do Pe. De Andrade), D. Guiseppe Sciacca, secretário da Governadoria da Cidade do Estado do Vaticano, D. Guido Pozzo, novo Esmoler de Sua Santidade, D. Joseph Di Noia, vice-presidente da Comissão Ecclesia Dei, Pe. Mark Withoos, assistente de secretaria de 2ª classe da Comissão Ecclesia Dei, Pe. Vincenzo Nuara OP, assistente de secretaria de 2ª classe da Comissão Ecclesia Dei, e D. Diego Ravelli, cerimoniário pontifício, assistente da Esmoleria Pontifícia.

Fonte:  Riposte Catholique . Tradução a/c blog.
25 de nov. de 2012

O que Deus espera de nós é que sejamos trigo, não joio.




O inimigo semeando o joio em meio ao trigo. Ilustração por René de Cramer.

Por Pe. Marcelo Tenório

Enfim, mais um dia do Senhor na nossa vida, um Domingo, Dies Domini, dia santo, para nós cristãos a Páscoa semanal. O santo Evangelho de hoje fala da parábola do joio e do trigo. O patrão, senhor das terras, mandou que se plantasse trigo. Para que serve joio? Ninguém quer joio. O joio serve para nada, mas para ser queimado, jogado fora. O inimigo, de madrugada, semeou joio. De repente, quando o joio começou a crescer em meio ao trigo, os empregados perceberam que alguma coisa estava errada. E foram até o patrão: “Senhor, plantamos trigo, e parece-nos também que está nascendo joio. Temos que arrancá-lo.” E o patrão disse: “Não, deixa estar, porque pode ser que, arrancando o joio, arranque-se também o trigo, e eu não quero que o trigo se perca. Vamos deixar o joio crescer. No momento em que forem ceifar, aí sim, veremos bem, o que é o joio e também o que é o trigo; então, iremos recolher o trigo para o meu celeiro, e o joio nós vamos queimar e jogar fora.”

Esta parábola se refere a nós. O patrão, o senhor, é Deus, é nosso Pai. O trigo foi plantado em nosso coração, na nossa alma, no dia do nosso Batismo. E o que Deus espera de nós é que sejamos trigo, não joio. O inimigo pode semear na nossa alma o joio; se crescerá ou não, depende de nós. Nós não somos pessoas possessas pelo demônio; mesmo os possessos pelos demônios não pecam voluntariamente, porque não estão nas suas atribuições e faculdades normais, na sua plena liberdade. Possessões demoníacas não acontecem “em três a cada quatro pessoas”. De forma que tudo está a critério das nossas decisões. Se queremos nos transformar em joio, transformar-nos-emos em joio; se queremos nos transformar em trigo, transformar-nos-emos em trigo. Sabemos muito bem e claramente, pela palavra de Deus, para onde vai o joio e para onde vai o trigo. Agora, se durante a vida me tornei joio, não posso esperar que, no final das contas, vá ser também colocado no celeiro, pois a palavra de Deus é muito clara: joio no fogo, trigo no celeiro. Se em minha existência me esforço, pela minha conduta, a ser “trigo”, como bem falava Santo Inácio de Antioquia, com certeza Deus não falhará em suas promessas; meu destino é o “celeiro”, a casa do Pai, não há outro objetivo... Agora, se prefiro justamente o oposto, então meu objetivo, meu fim último é o inferno; o fogo do joio representa o inferno, o fogo dos condenados.

A Epístola que acabamos de escutar é uma exortação à nossa santidade, tendo como princípio fundante a caridade, o amor. Por isso que o grande Mandamento é amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmos. Mas a caridade é o vínculo da perfeição e da paz, isso basta; Santo Agostinho já dizia: “Ame e faça o que quiseres.” Claro que nós compreendemos muito bem que a frase de Santo Agostinho não se refere a desejos ilícitos.

Nós temos o privilégio de assistirmos, todos os domingos, à Santa Missa no Rito de sempre, o Rito que gerou santos, o Rito que trouxe para a Igreja uma multidão de mártires, de confessores, de doutores... Um Rito tão perfeito que não há outro igual. O mesmo Rito que Santa Teresinha do Menino Jesus via das grades do Carmelo, assim como Santo Afonso Maria de Ligório e outros santos que estiveram diante deste altar, como nós estamos agora. E qual a diferença destes santos para nós? A grande diferença é que eles não ficaram apenas olhando o rito. A grande diferença é que estes não fincaram os pés apenas nos detalhes dos ritos e nas alfaias do altar, e nem no rito pelo rito. A grande diferença destes santos para nós é que eles se tornaram o que deveriam se tornar mesmo, e que ainda nós não temos a coragem de nos tornar: “hóstias com Hóstia”.

Se a Missa é a renovação do Sacrifício do Senhor, também nesta Missa deve ter o meu sacrifício, a minha entrega total ao Senhor, renunciando a toda tendência de ser joio, custe-me o que custar. “Grande diferença” esta, porque o mesmo Espírito Santo que a multidão de Santos recebeu, também nós recebemos através do Batismo. E o que falta em nós para permitir que os sagrados Ritos nos santifiquem? Porque, se eu não quero, Deus não pode: “Aquele que te criou sem ti, não te salvará sem ti”.

O que falta para nós? Respondo com uma expressão muito tosca – mas Santa Teresa de Ávila usava expressões mais pesadas que esta. O que falta para nós todos é vergonha na nossa cara. Se a gente tivesse vergonha na cara, e olhássemos sério para o mistério do Calvário, se olhássemos realmente com os olhos da fé o que os Santos viram em êxtase, verdadeiramente, Cristo em suprema agonia, derramando Sua última gota de sangue por nós – se nós víssemos isso, nós iríamos transcender ao Rito, ao estético, ao belo, para nos encontrarmos com o Belo, com a própria Beleza, que é Deus nosso Senhor. Isso, sim, nos transformaria, com certeza, em hóstias vivas a se sacrificarem a cada instante, a cada minuto, a cada momento. Temos que ter muito cuidado, porque sobre nós poderá cair o que caiu sobre os fariseus: “O Reino dos Céus será tirado de vocês, e será dado a outro povo.” Assim Deus prometeu, e assim Deus realizou. Não adianta o exterior se nosso interior não mudou em nada, muito pelo contrário, piorou.

Nós estamos divulgando a Carlo Acutis, este jovem do banner ao lado, morto em 2006, dando a vida pelo Papa. Um jovem como outro qualquer. Um gênio na internet. Um jovem que, em seu apostolado, usava todos os meios modernos, menos o modernismo. Viveu até o último instante o seu amor sacrifical por Deus. Depois da sua Primeira Comunhão, jamais perdeu a Missa. Confessava-se toda semana. Procurava imitar em tudo, inclusive na prática de penitências, os Pastorinhos de Fátima, pelos quais tinha uma grande devoção. Embora sua família fosse muito rica, em vez de acompanhar os amigos para os países tropicais nas férias, ele sempre costumava ir para Assis. Fazer o que em Assis? Rezar, fazer penitência, sacrificar-se e socorrer os pobres. E ele não sabia que estava marcado para morrer! Não sabia nada disso... E ele não assistia à Missa Antiga! Porque não tinha onde morava, e não deu tempo de conhecê-la... Mas, ah, se ele tivesse descoberto a Missa Antiga! Interessante isso...  E alguém pode dizer: “Mas ele não assistia à Missa Antiga, como pode ser declarado Servo de Deus? E como pode ser elevado à honra dos altares?” Então, vocês que assistem à Missa Antiga, mostrem-me a sua santidade, que eu mostrarei a santidade deste menino de apenas quinze anos, que assumiu, até o último instante, ser “hóstia com Hóstia” no altar de sua vida.

E quando ele menos esperava, veio a notícia da leucemia fulminante, e ele quis saber do médico até onde ele poderia sofrer. E vendo os ataques na Europa contra o Santo Padre, um pouco pela trama diabólica contra a Igreja, outro tanto naquela onda de escândalos de pedofilia no clero, em que o mundo inteiro – modernista, ateu e herege – exigia até que o Papa fosse levado a tribunais, este jovem – que não assistia à Missa Antiga – determinou-se e disse a seus pais: “Ofereço todos os sofrimentos que irei passar pelo Santo Padre.” Grandiosa esta decisão dele. Ofereceu, e Deus aceitou, porque sofreu imensamente, durante sua doença até o último instante da sua vida. Pelo Santo Padre, até o fim, dando a sua vida.

E deixou oito conselhos aos jovens que servem muito bem para nós, que estamos aos poucos ficando de cabelos brancos ao mesmo tempo que não tomamos passos em direção a Deus:

“Desejem imensamente a santidade. E, se ainda este desejo não tiver nascido em seus corações, peçam isso a Deus com insistência, e Ele lhes dará.”

“Ide à Missa todos os dias e façam a Santa Comunhão.”

“Lembrem-se de rezar o Rosário todos os dias.”

“Confessem-se toda semana, mesmo que seus pecados sejam pequenos.”

“Se puderem, façam constantemente um momento de adoração ao Santíssimo diante do altar, lugar onde realmente Jesus está presente (...).”

“Peçam a seu Anjo da Guarda para ajudá-los continuamente, de modo que ele se torne seu melhor amigo.”

“Façam pedidos e ofereçam flores a Jesus e a Maria (...).”

“Todos os dias, leiam uma passagem das Sagradas Escrituras.”

E, assim, ele no ensina coisas que ele mesmo testemunhou. Apenas com quinze anos, era tão ingênuo a ponto de achar que o encontro de Assis seria o momento em que, enfim, os hereges aceitariam a Jesus e se converteriam. Apesar desta ingenuidade, Carlo fincou pé com o Catecismo, dando várias e várias catequeses a seu grande amigo – que era muçulmano – até que o venceu nos argumentos, e se tornou católico. E, pelo funeral de Carlo Acutis, diante de sua grandeza – seu corpo exalava um perfume – toda a família muçulmana de seu amigo já católico se converteu ao Catolicismo romano. Por um menino de quinze anos, que não teve a chance de conhecer o mistério profundo da Missa Antiga, à qual todos os domingos nós assistimos... “Ah, mas ele assistia à Missa nova!...” Repito: mostre-me a tua santidade, e eu te mostrarei a dele!

Corramos à conversão, porque as prostitutas podem estar nos Céus na nossa frente; encontrando-se elas com o mistério (da Missa de Sempre), convertem-se, e nós ficamos no pé, só no resto, só no exterior, e de fato não mudamos nem nos convertemos. Se nós temos a primícia das primícias – que é a Missa Antiga – temos muito mais responsabilidade, e Deus irá exigir muito mais de nós, porque não só o rito, temos a teologia; não só o rito e a teologia, temos a moral de todos os tempos, a moral cristã autêntica. Então, Deus exigirá de nós muito, mas muito mais que exigirá de alguém que nem sabe de tantas coisas. “A quem muito é dado, muito será cobrado.” Que Nossa Senhora nos dê a graça de queremos ser sempre “trigo”, e de fugirmos do terrível destino do joio, que será lançado fora, às trevas exteriores, ao fogo – não fogo que consome, mas o fogo que jamais se apaga.

Homilia proferida em 11 de novembro de 2012.
18 de nov. de 2012

Domingo, 18/11/2012: Leituras e Comentário ao Evangelho



6º DOMINGO APÓS EPIFANIA – Transferido

2ª Classe - Paramentos Verdes 



1ª Epístola de São Paulo Apóstolo aos Tessalonicenses 1, 2-10.

Irmãos: Damos sempre graças a Deus por todos vós, pedindo continuamente por vós, nas nossas orações; lembrando-nos, diante de Deus que é nosso Pai, da obra da vossa fé, e do trabalho da vossa caridade, e da constância da vossa esperança em Nosso Senhor Jesus Cristo. Porque sabemos, irmãos amados de Deus, que fostes escolhidos para participar dos benefícios da Redenção; porque o nosso Evangelho não vos foi somente pregado com palavras, mas também com milagres, e (com a efusão) do Espírito Santo, e numa grande plenitude; bem sabeis como nos houvemos entre vós, por amor de vós. E vós vos fizestes imitadores nossos, e do Senhor, recebendo o Evangelho no meio de muita tribulação, com a alegria do Espírito Santo; de tal modo que vos tornastes modelo para todos os crentes, na Macedônia e na Acaia. Com efeito, por vós foi propagada a palavra do Senhor, não só pela Macedônia e pela Acaia, mas a toda a parte chegou a fé que tendes em Deus, de sorte que nós não temos necessidade de dizer coisa alguma. Porque os próprios fiéis publicam de nós qual foi a aceitação que tivemos entre vós, e como vos convertestes dos ídolos a Deus, para servirdes ao Deus vivo e verdadeiro, e esperardes do Céu a seu filho, (a quem Ele ressuscitou dos mortos), Jesus, o qual nos livrou da ira que há de vir.


Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 13, 31-35.

Naquele tempo: Contou Jesus à multidão esta parábola: “O reino dos Céus é semelhante a um grão de mostarda, que um homem tomou e semeou no seu campo; o qual é, na verdade, a mais pequena de todas as sementes; mas, depois de ter crescido, é maior que todas as hortaliças, e faz-se arbusto, de sorte que as aves do céu vêm habitar nos seus ramos.” Disse-lhes ainda outra parábola: “O reino dos Céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e mistura em três medidas de farinha, até a massa ficar toda fermentada.” Todas estas coisas disse Jesus ao povo, em parábolas; e não lhes falava senão em parábolas, a fim de que se cumprisse o que estava anunciado pelo Profeta, que diz: “Abrirei em parábolas a minha boca; revelarei coisas que tem estado escondidas desde a criação do mundo”.



Traduções das leituras extraídas do Missal Quotidiano por Pe. Gaspar Lefebvre OSB (beneditino da Abadia de Santo André) – Bruges, Bélgica: Biblica, 1963.


Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, bispo e Cardeal, teólogo e fundador da Congregação do Oratório na Inglaterra
PPS, vol. 6, nº 20
“The Visible Temple” (retirado do site da Diocese de Cruzeiro do Sul acesso em 18/11/2012 às 12:00h texto com adaptações)



Cristo, grão de mostarda e fermento semeado ao redor do mundo

Cristo veio a este mundo para o submeter a Si próprio, para o reivindicar como Seu, para afirmar os Seus direitos sobre ele como senhor, para o libertar do domínio usurpado pelo inimigo, para Se manifestar a todos os homens, para Se estabelecer nele. Cristo é o grão de mostarda que se desenvolverá silenciosamente, acabando por cobrir a terra inteira. Cristo é o fermento que abre secretamente caminho na massa dos homens, dos sistemas de pensamento e das instituições, até que tudo fique levedado. Até então, o céu e a terra estavam separados; o projeto de graça de Cristo consiste em fazer de ambos um só mundo, tornando a terra paralela ao céu.

Ele estava neste mundo desde o começo, mas os homens adoraram outros deuses. Ele veio a este mundo na carne, «mas o mundo não O conheceu. Veio ao que era Seu e os Seus não O receberam» (Jo 1, 10-11). Mas Ele veio para os levar a recebê-Lo, a conhecê-Lo, a adorá-Lo. Veio para integrar este mundo em Si, a fim de que, tal como Ele próprio é luz, também este mundo seja luz. Quando veio, não tinha «onde reclinar a cabeça» (Lc 9, 58), mas veio para constituir aqui um lugar para Si mesmo, para aqui constituir habitação, para aqui encontrar morada. Veio transformar o mundo inteiro na Sua morada de glória, este mundo que estava cativo das potências do mal.

Ele veio na noite, nasceu na noite escura, numa gruta. [...] Foi aí que primeiro repousou a cabeça, mas não o fez para aí permanecer para sempre. Não era Sua intenção deixar-Se ficar escondido nessa obscuridade. [...] O Seu objetivo era mudar o mundo. [...] O universo inteiro tinha de ser renovado por Ele, mas Ele a nada recorreu que já existisse, tudo criou a partir do nada. [...] Ele era uma luz que brilhava nas trevas, até que, pelo Seu próprio poder, criou um Templo digno do Seu nome.