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Nossa Sr.ª das Graças
Ave Maria, gratia plena;
Dominus tecum:
benedicta tu in mulieribus,
et benedictus fructus
ventris tui Iesus.
Sancta Maria, Mater Dei
ora pro nobis peccatoribus,
nunc et in hora
mortis nostrae.
Amen.
Nosso Padroeiro
Sancte Sebastiáne,
ora pro nobis.
Papa Francisco
℣. Orémus pro Pontífice nostro Francísco.
℟. Dóminus consérvet eum, et vivíficet eum, et beátum fáciat eum in terra, et non tradat eum in ánimam inimicórum ejus.
℣. Tu es Petrus.
℟. Et super hanc petram ædificábo Ecclésiam meam.
℣. Oremus.
Deus, ómnium fidélium pastor et rector, fámulum tuum Francíscum, quem pastórem Ecclésiæ tuæ præésse voluísti, propítius réspice: † da ei, quǽsumus, verbo et exémplo, quibus præest, profícere: * ut ad vitam, una cum grege sibi crédito, pervéniat sempitérnam. Per Christum, Dóminum nostrum.
℟. Ámen.
Dom Dimas Barbosa
℣. Orémus pro Antístite nostro Dismas.
℟. Stet et pascat in fortitúdine tua Dómine, sublimitáte nóminis tui.
℣. Salvum fac servum tuum.
℟. Deus meus sperántem in te.
℣. Orémus.
Deus, ómnium fidélium pastor et rector, fámulum tuum Dismam, quem pastórem Ecclésiæ Campigrandénsis præésse voluísti, propítius réspice: † da ei, quǽsumus, verbo et exémplo, quibus præest, profícere: * ut ad vitam, una cum grege sibi crédito, pervéniat sempitérnam. Per Christum, Dóminum nostrum.
℟. Amen.
Pe. Marcelo Tenório
"Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, conservai os vossos sacerdotes sob a proteção do Vosso Coração amabilíssimo, onde nada de mal lhes possa suceder.
Conservai imaculadas as mãos ungidas, que tocam todos os dias vosso Corpo Santíssimo. Conservai puros os seus lábios, tintos pelo Vosso Sangue preciosíssimo. Conservai desapegados dos bens da terra os seus corações, que foram selados com o caráter firme do vosso glorioso sacerdócio.
Fazei-os crescer no amor e fidelidade para convosco e preservai-os do contágio do mundo.
Dai-lhes também, juntamente com o poder que tem de transubstanciar o pão e o vinho em Corpo e Sangue, poder de transformar os corações dos homens.
Abençoai os seus trabalhos com copiosos frutos, e concedei-lhes um dia a coroa da vida eterna. Assim seja!"
(Santa Teresinha do Menino Jesus)
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21 de ago. de 2015
Santa do Dia - Sexta-Feira, 21/08/2015
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Sacerdos |
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SANTA JOANA FRANCISCA FRÈMYOT DE CHANTAL
(21 de agosto)
No século XVI, a heresia protestante devorara
como um câncer quase toda a Alemanha. Lançando metástases pela Europa, penetrou
tão perigosamente na França, que em breve seu poderio foi o de um Estado dentro
do Estado. Aproveitando-se da fraqueza e omissão da dinastia francesa dos
Valois, dirigida efetivamente pela inescrupulosa Catarina de Médici e do apoio
de membros da mais alta nobreza, seduzidos pela nova heresia, esta ameaçava a
própria existência da única e verdadeira religião, a Católica.
Diante do perigo, os católicos, liderados pela
família dos duques de Guise, formaram uma Liga Santa para a defesa de sua
Religião. Dissolvida por Henrique III, a referida Liga renasceu em 1587, quando
o Tratado de Beaulieu favoreceu demasiadamente os huguenotes, como eram chamados
os protestantes na França. Da Liga fazia parte o enérgico e ardente católico
Benigno Fremyot, Presidente do Parlamento da Borgonha, casado com Margarida de
Berbisey. Foi nesse ambiente, carregado das guerras de religião, que nasceu
Joana, segunda filha deste casal.
Não há dúvida de que o amor materno é
insubstituível na formação moral e religiosa da prole. O caso do Presidente
Fremyot foi uma das notáveis e raras exceções a essa regra. Joana tinha apenas
18 meses quando faleceu a mãe, no parto do terceiro filho, André. Benigno
Fremyot supriu a falta da esposa dando aos filhos uma educação ao mesmo tempo
afetuosa e viril. Dos três que teve, a primeira faleceria piedosamente poucos
anos depois de casada; a segunda seria elevada à honra dos altares; e o último,
por sua virtude e qualidades morais, tornar-se-ia, aos 21 anos, Arcebispo de
Bourges e amicíssimo de São Francisco de Sales.
O Presidente Fremyot os reunia de manhã e à
noite para ensinar-lhes a rezar, conhecer e amar a verdadeira Igreja e o Papa.
Quando seus filhos foram crescendo, o Presidente Fremyot contratou mestres
escolhidos para reforçarem sua formação. “Joana aprendia com grande facilidade
e viveza de imaginação. E, dado seu bom talento e a posição que ocupava no
mundo, foi-lhe ensinado tudo o que deveria saber uma jovem de sua classe: ler,
escrever, dançar, tocar instrumentos de música, canto, os labores próprios ao
seu sexo etc.”
Ao receber a Confirmação, por devoção ao
Poverello de Assis, Joana acrescentou ao seu o nome de Francisca.
Joana Francisca
recusou matrimônio com um fidalgo milionário, por ser ele protestante
calvinista. Aos 20 anos, então, seu pai a deu em casamento a Christophe de
Rabutin, barão de Chantal, valoroso oficial do exército francês e católico,
embora desde a morte da mãe ele levasse uma vida um tanto dissipada.
O Barão de Chantal, esposo de Joana Francisca.
Santa Joana Francisca, aqui representada nos tempos
de casada como a Baronesa de Chantal
O primeiro cuidado de Joana foi conquistar o
coração do marido para levá-lo inteiramente a Deus. Isso não foi difícil, pois
o Barão, além das boas predisposições que possuía, percebeu logo que Deus lhe
tinha dado por esposa uma santa. A união entre eles foi tão grande que se dizia
que tinham um só coração. Ao mesmo tempo a baronesa estabeleceu, com bondade e
firmeza, a ordem e a disciplina no seio da numerosa criadagem do castelo. O
casal foi abençoado com seis filhos, dos quais os dois primeiros faleceram
apenas nascidos. Sucederam-lhes outro filho e três filhas, tendo a última
nascido poucas semanas antes da morte do Barão.
Durante uma caçada, o Barão de Chantal foi acidentalmente
ferido de morte por seu melhor amigo; recebeu os últimos Sacramentos, perdoou
seu homicida e recomendou à Baronesa que se resignasse à vontade de Deus. Joana
ficava assim viúva aos 28 anos, com quatro filhos para educar e o baronato para
dirigir. Foram-lhe necessárias toda sua fé e energia para aceitar o rude golpe.
Mas recebeu muitas graças nessa época, o que a levou a afirmar mais tarde que,
não fossem os filhos tão pequenos, teria tudo abandonado para ir terminar seus
dias em Jerusalém, consagrada inteiramente a Deus.
Essa alma forte e generosa foi submetida na
viuvez a novas provações! O pai do Barão de Chantal, sogro de Joana, cujo
caráter orgulhoso, vaidoso e extravagante ela conhecia, sentindo-se muito só em
sua velhice, queria que a jovem viúva, com os filhos, fosse lhe fazer
companhia. No novo domicílio, cuja desordem era igualmente de seu conhecimento,
Joana entregou-se a todas as obras de apostolado e misericórdia por ela
desenvolvidas no anterior. Mas sentindo a necessidade de encontrar um bom
diretor espiritual, pediu insistentemente a Deus essa graça.
São Francisco de Sales encontra Santa Joana de Chantal. Detalhe de vitral da
Catedral de Annecy, França, cidade-berço da Ordem fundada por Santa Joana.
Em 1604, o já merecidamente célebre Bispo de
Genebra, São Francisco de Sales, foi pregar a quaresma em Dijon, cidade natal
de Joana. Esta convenceu o sogro a trasladarem-se para a casa de seu pai para
seguirem os sermões. O grande pregador, a quem Deus mostrara em sonhos sua
futura penitente, imediatamente a reconheceu, atenta e recolhida, em meio aos
fiéis. Esta também reconheceu com emoção aquele que Deus designara para seu pai
espiritual. São Francisco de Sales traçou-lhe, então, uma minuciosa regra de
vida. Sob sua direção, Santa Joana de Chantal progrediu tão rapidamente, que o
santo se admirava, dando graças a Deus.
Aos poucos maturava na mente do Bispo de Genebra
o projeto de uma nova congregação religiosa, com regras adaptadas a virgens e
viúvas que, desejando servir a Deus, não se sentiam atraídas pelas grandes
austeridades das famílias religiosas já existentes. Teriam como oração em comum
somente o Ofício Parvo de Nossa Senhora; deveriam dedicar-se também à
assistência dos pobres e enfermos.
Joana pôs-se à sua disposição para a realização
da obra assim que seus filhos estivessem encaminhados. A mão de Deus fez-se
então sentir para abreviar o tempo de espera. A Baronesa de Chantal tornara-se
amicíssima da Baronesa de Boissy, mãe de São Francisco de Sales, senhora
virtuosíssima, viúva e mãe de 13 filhos. Tal era a confiança que esta tinha em
Joana que, a conselho de São Francisco, confiou à jovem viúva a educação de sua
filha caçula, de nove anos. Esta veio a falecer poucos anos depois nos braços
de Santa Joana.
Para unir por laços mais fortes que os da
amizade as duas famílias, a Senhora de Boissy propôs o casamento de seu filho,
Barão de Thorens, de 14 anos, com Maria Amada, filha mais velha de Santa Joana,
então com 12. O casamento foi oficiado por São Francisco de Sales e como era
costume na época, a jovem esposa foi viver com a família do marido até atingir
a idade núbil. Ao primogênito de seus filhos, Celso Benigno, futuro novo Barão
de Chantal, Joana confiou ao avô, Presidente Fremyot, que com a ajuda de um
virtuoso preceptor completaria a educação do adolescente. Levando as duas
filhas restantes para terminar sua educação no convento, a Baronesa de Chantal
ficava assim livre para a realização da grande obra.
Antes de partir, renunciou a todos seus bens em
favor dos filhos e embarcou para Annecy, que fazia parte então do Ducado da
Saboia. Pouco depois, Deus chamou a Si a filha caçula de Joana, aquela a quem
ela mais amava por sua inocência e docilidade. Em Annecy já a esperavam três
donzelas virtuosas, dirigidas de São Francisco de Sales, que com ela
principiariam a obra. A Congregação idealizada pelo Bispo de Genebra era uma
inovação. Até então só havia conventos de reclusas. Na recém-fundada
Congregação – denominada “da Visitação de Nossa Senhora” – as religiosas não
guardariam clausura, pois deveriam cuidar dos pobres, o que suscitou muitas
controvérsias.
O Bispo São Francisco de Sales, a Madre Superiora Santa Joana de Chantal e companheiras
no ato de fundação da nova Congregação da Visitação de Nossa Senhora.
Apesar da pobreza e das críticas recebidas,
novas postulantes foram ingressando na Congregação e três jovens viúvas de Lyon
pediram licença para lá fundar uma casa. Nessa ocasião, interveio o Cardeal
Arcebispo local, convencendo São Francisco de Sales a erigir e transformar a
Congregação em Ordem religiosa e aceitar a obrigação da clausura perpétua. O
Fundador, tendo aceito a proposta, estipulou contudo que em seus conventos se
pudessem receber senhoras e donzelas que quisessem retirar-se temporariamente
para pôr em ordem sua consciência.
Embora muito atenuada em relação às regras
existentes, no que se refere a penitências, jejuns e longos ofícios em comum,
São Francisco de Sales reforçou a pobreza e a obediência da nova instituição.
Nenhuma religiosa poderia ter nada seu, nem mesmo o hábito ou o rosário que
usava. Cada ano havia uma rotação de tudo, inclusive livros e objetos de
piedade. A finalidade visada por São Francisco de Sales para sua Congregação
seria levada avante pouco depois por seu grande amigo, São Vicente de Paulo,
mediante a criação das Filhas da Caridade.
Foi cedendo a instâncias da Madre Chantal e
dedicando-o a suas filhas da Visitação, que São Francisco de Sales escreveu seu
famoso Tratado do Amor de Deus. “Minha filha, disse-lhe o santo Bispo, o
Tratado do Amor de Deus está escrito para vós". No prefácio da obra, ele
diz: “Como Deus sabe o muito que estimo essa alma, não foi pouco o que ela
influiu nesta ocasião... o que mais me moveu a levar avante meu projeto foram
as reiteradas instâncias desta alma”.
Àqueles a quem ama, Nosso Senhor presenteia com
sua Cruz. Como alma eleita e muito sensível ao afeto, a Providência foi tirando
de Santa Joana suas mais caras afeições para que se desapegasse inteiramente
das criaturas. Às provações já sofridas no transcurso da vida, somaram-se as
espirituais, como tentações terríveis, algumas vezes contra a fé. Conheceu a
noite escura e a secura espiritual para chegar a um grau sublime de
contemplação. São Vicente de Paulo afirmou que, embora aparentando paz e
tranquilidade, Santa Joana “sofria terríveis provas interiores. Via-se tão
assediada de tentações abomináveis, que tinha que apartar os olhos de si mesma
com horror para não contemplar esse espetáculo insuportável. Em meio a tão
grandes sofrimentos, jamais perdeu a serenidade nem esmoreceu na plena
fidelidade que Deus lhe exigia. Por isso a considero como uma das almas mais
santas que encontrei sobre a terra".
Após a morte de São Francisco de Sales, não só
consolidou a obra nascente, mas a fez expandir. Durante sua vida, os mosteiros
da Visitação elevaram-se a 65. A todos visitou para satisfazer o desejo que
muitas de suas filhas espirituais tinham de conhecê-la. Em 1641, a rainha Ana
d’Áustria convidou-a para ir a Paris, cumulando-a de honras e distinções. Era a
exaltação que a Realeza prestava à Santa que foi, em vida, comparável à própria
Mulher forte do Antigo Testamento.
Meses depois, foi ela receber, no Céu, a
recompensa demasiadamente grande que Deus reserva a seus eleitos. Entregou sua
alma a Deus em Moulins, a 13 de dezembro de 1641. Foi beatificada por Bento XIV
a 13 de novembro de 1751 e canonizada por Clemente XIII em 16 de julho de 1767.
No Calendário Romano Antigo, é comemorada a 21 de agosto.
(c/
informações de “Na Luz Perpétua”, por Pe. J. B. Lehmann
e do “Portal
Paulinas”, alterações
a/c blog)
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